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Inflação pode ser menor por conta de preços, prevê BC

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O quadro de inflação no Brasil pode se tornar mais benigno do que está previsto nas projeções divulgadas hoje (20) pelo Banco Central (BC). Segundo o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo, isso pode acontecer porque o “Banco Central vai permanecer de olho no combate à inflação”.
 Segundo o diretor, há riscos para a inflação no país, como aumentos de salários acima do crescimento da produtividade, mas há possibilidade de um cenário melhor.

Entretanto, Araújo disse que o cenário mais provável do BC não aponta para a inflação no centro da meta, 4,5%. “O cenário mais provável não aponta essa convergência, o que não implica que não seja possível. São coisas distintas. A convergência pode se tornar mais provável mais adiante, na medida em que a economia comece a responder às ações que foram tomadas”, acrescentou.

O diretor lembrou que a Selic foi ajustada este ano em 2,75 pontos percentuais. Atualmente, a Selic está 10% ao ano. O BC reforçou que a transmissão dos efeitos da alta da Selic na economia tem defasagem, ou seja, demoraram a aparecer. “O efeito deve se refletir mais intensamente ano que vem”, disse.
No Relatório de Inflação, divulgado hoje, o BC prevê que a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve ficar em 5,8%, este ano. Para 2014, a estimativa para a inflação passou de 5,7% para 5,6%. Em 2015, a previsão é que a inflação fique em 5,4%.
Essas projeções são do cenário de referência, elaborado com base na taxa básica de juros, a Selic, no atual patamar (10% ao ano) e o dólar a R$ 2,35. O BC também divulga estimativas do cenário de mercado, em que são usadas projeções de analistas de instituições financeiras para a taxa Selic e câmbio. Nesse caso, a inflação, este ano, também deve ficar em 5,8%, este ano.

Para 2014, a estimativa também foi ajustada de 5,7% para 5,6%. Em 2015, a inflação cai para 5,3%, de acordo com esse cenário. Todas as estimativas para a inflação estão acima do centro da meta que é 4,5% e têm margem de dois pontos percentuais. Ou seja, o limite superior é 6,5%. Cabe ao BC perseguir a meta de inflação. O principal instrumento que influencia a atividade econômica e, por consequência, a inflação, é a taxa Selic.
Com a alta da inflação no país, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumentou a taxa Selic seis vezes seguidas este ano. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso gera reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança

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