As indústrias de Calcário de Mato Grosso, principalmente as localizadas em Nobres, passaram a apoiar o protesto dos agricultores, iniciado há 3 semanas, e que ganhou adesões em 10 Estados. Praticamente todas empresas de calcário estão com o embarque de produtos paralisado. Outras empresas paralisaram a produção, algumas estão trabalhando com sua capacidade mínima.
As empresas de Nobres colocaram carretas e caminhões às margens da BR-163, com faixas de apoio ao movimento dos agricultores, que protestam contra a política econômica do Governo Lula que tem levado milhares de agricultores à falência, devido ao dólar estar derrubando constantemente os preços da soja, milho, arroz e algodão.
As indústrias de calcário sabem que Mato Grosso depende essencialmente da agricultura, todos os setores, direta ou indiretamente. São 21 indústrias operando no Estado, com capacidade de produção de 9 milhões de toneladas de calcário ao ano. Venderam cerca de 6,4 milhões toneladas em 2004, 2,9 milhões toneladas em 2005, e está previsto cerca de 1,5 milhão mil toneladas este ano com uma queda de aproximadamente 76% este ano em relação a 2004.
O número de empregos diretos caiu de 1.200 em 2004 para 600 este ano e, os indiretos, de 3.600 caiu consideravelmente. De acordo com o sindicato, algumas indústrias não sabem ainda se irão produzir neste ano.
Em 2004 o preço do calcário estava em torno de R$ 24 por tonelada. Em 2005, os aumentos nos custos de produção foram absorvidos. Este ano, o preço de venda está em R$ 23