Depois de duas safras com queda na produção, as indústrias beneficiadoras de arroz estimam manter o volume produção e empacotamento este ano. Apesar da redução na área plantada no Estado, de aproximadamente, 13%, a expectativa é que a produtividade seja maior e os preços continuem em alta.
Em uma empresa, que está trabalhando com cerca de 40% da capacidade, o objetivo é manter a produção de 40 mil fardos/mês (cada fardo com 30kg). O gerente Wilson José Schneider declarou que uma das maiores dificuldades do setor em expandir a produção é a comercialização, que fica concentrada no mercado local. “A logística não permite, tem um frete muito caro, e não conseguimos colocar o produto no mercado do sudeste, principal consumidor”, justificou.
Em outra empresa, o coordenador de grãos Anderson Carlos Vicente destacou, ao Só Notícias/Agronotícias, que a produção caiu cerca de 15% nos dois últimos anos, mas que os bons preços estão animando o setor. “Apesar do dólar baixar, os insumos tiveram alta e levantaram o preço do arroz”, acrescentou.
Atualmente, é pago entre R$ 28 e R$ 30 pela saca de 60kg ao produtor. Na região Sul, está em média R$ 23 para a saca de 50kg.
Em todo o Estado, a previsão é que a safra alcance cerca de 634 mil toneladas. Na safra passada, foram colhidas 734 mil toneladas.