PUBLICIDADE

Indústria têxtil suspende as atividades em Mato Grosso

PUBLICIDADE

Indústria Santana Têxtil fecha as portas em Rondonópolis, a 215 km de Cuiabá. Há cerca de duas semanas, a empresa demitiu os 200 funcionários que mantinha, na fábrica inaugurada em dezembro de 2006. Conforme informações repassadas pelo gabinete de Desenvolvimento Econômico da prefeitura da cidade, a diretoria da empresa alegou que foi afetada por um “pro- blema nacional” e pela falta de matéria-prima no mercado interno, já que a maior parte da produção de algodão é destinada ao mercado externo.

A versão não-oficial é que a indústria ingressou com pedido de recuperação judicial. A reportagem tentou con- tato com a empresa em Rondonópolis e São Paulo, mas os telefonemas não foram atendidos. Entre os motivos relacionados ao fechamento da unidade estão os mesmos que assolam o setor têxtil. Mesmo com a manutenção dos preços da fibra do algodão após um período de forte oscilação, os empresá- rios reclamam do custo da matéria-prima no mercado interno, da concorrên- cia de produtos acabados chineses e da falta de mão de obra especializada.

Segundo industriais do setor, está sendo mais viável exportar a matéria -prima do que transformá-la em tecido ou confecção, por causa do alto custo de operação. Em fevereiro deste ano, outra empresa do ramo, com sede em Cuiabá, teve o processo de recuperação judicial – iniciado em 2009 -convertido em falência. A razão para o processo de recuperação judi- cial da Cotton King, conforme consta no processo julgado, foi a má gestão da empresa, fraudes, alto impacto sofrido com a queda do dólar na época, além da crise econômica e financeira internacional associada à alta no preço da matéria-prima naquele ano.

Além dessas empresas, Mato Grosso não conseguiu garantir a instalação de uma unidade fabril da Vicunha Têxtil, fabricante de jeans. Depois de muito alarde por parte do governo do Estado em 2010, que prometeu incentivos fis- cais e a área para construção da fábrica, a empresa mudou os planos e redi- recionou os investimentos para outras operações. Um dos motivos que afu- gentou os investidores foi a dificuldade em garantir o terreno prometido, segundo comentários de bastidores. Na época, o investimento inicial previsto pela multinacional era de R$ 350 milhões, com o processamento anual de 65 mil toneladas de algodão que culminaria na geração de 8 mil empregos, entre diretos e indiretos.

Produção Estadual- Grosso produzi 2,188 milhões de tone- ladas de algodão em caroço na atual temporada, queda de 14% sobre a safra anterior (2,546 milhões/t), segundo a Conab. Somente de pluma, são oferta- das 864,6 mil toneladas, ante 1,005 mil/t na safra 2013/2014.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Empresas de Sorriso estão com 92 vagas de emprego

Empresas e indústrias sediadas em Sorriso estão admitindo 92...

Preço médio dos combustíveis tem queda em Sinop, aponta ANP

O mais recente levantamento da Agência Nacional do Petróleo,...

Supermercados Machado inaugura sua primeira loja em Sorriso

Sorriso ganhou, nesta terça-feira, (10) um novo marco...
PUBLICIDADE