O novo presidente da Associação dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan Yabiku Júnior, anunciou hoje (22) que a indústria automotiva nacional deverá aumentar sua capacidade produtiva em cerca de 25% até 2017. A estimativa da entidade é que a capacidade de produção, que hoje é 4,5 milhões de veículos por ano, chegue a 5,6 milhões.
Yabiku, que é executivo da General Motors, e toma posse hoje à frente da entidade, vê no entanto que o maior desafio está na qualidade dos carros que serão produzidos e não apenas na quantidade. "O nosso grande desafio é passarmos a produzir dentro de padrões internacionais, de produtividade e competitividade, com produtos de maior valor agregado, uma indústria mais inovadora, mais tecnológica e o fundamental, com uma indústria de autopeças forte", disse em entrevista coletiva.
De acordo com o executivo, a Anfavea defende a criação de um programa de incentivo à indústria de autopeças, visando à produção de elementos tecnologicamente avançados, hoje importados. Todos os componentes eletrônicos avançados utilizados nos veículos atualmente, segundo Yabiku, vêm do exterior.
"Quando se fala em alternador de alta capacidade, não há fabricação aqui no Brasil. No entanto, para qualquer montadora para atingir o índice de eficiência energética do Inovar Auto [Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores] vai precisar colocar esse tipo de alternador", destaca.
O novo presidente da Anfavea informou que pretende mais que dobrar, a médio prazo, a exportação de veículos, hoje em 420 mil unidades por ano. Em 2005, esse número era 900 unidades por ano. "No próximos triênio o grande desafio nosso será a exportação. Estamos conversando com o governo e pretendemos lançar o exame de uma nova política automotiva voltada para a exportação. Quem sabe criar aqui o exportar auto, uma política voltada a comercialização de exportação. Devemos buscar o número de 1 milhão de veículos exportados por ano".