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Índice de desemprego sobe 33% em Mato Grosso

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Mato Grosso encerrou 2015 com aumento de 33,3% no nível de desocupação. No ano anterior eram 260 mil habitantes sem nenhum tipo de trabalho, passando a 390 mil no ano passado. Em contrapartida, no último trimestre do ano, 60,5% dos mato-grossenses estavam em atividade, sendo 1,528 milhão de pessoas. Contudo este volume é 4,44% menor que o registrado em igual período de 2014, quando 1,599 milhão de pessoas realizavam alguma atividade remunerada no Estado. Os dados foram apresentados nesta terça-feira (15), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e fazem parte da Pesquisa nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

A pesquisa divulgada trimestralmente aponta que o rendimento médio real habitual de todos os trabalhos, ou seja, a remuneração média diminuiu 5,38% entre o 4º semestre de 2014 para igual período de 2015. O valor passou de R$ 1,969 mil para R$ 1,863 mil. Outra queda registrada foi em relação a quantidade de trabalhos no setor privado com carteira assinada, em 10,8% na comparação com o 4º trimestre de 2014. O IBGE revelou que eram 614 mil trabalhadores no setor privado mato-grossense até dezembro de 2014, enquanto no final do ano passado eram 548 mil.

 

A chefe da unidade do IBGE/MT, Milane Chaves da Silva, comenta que outro fator é relevante para Mato Grosso. “Desde 2012, quando iniciou a série histórica, temos notado um aumento gradativo na quantidade de pessoas acima de 14 anos que começam a pressionar o mercado de trabalho”. No 4º trimestre de 2015, 22 mil novas pessoas passaram procurar ocupação em Mato Grosso. Considerado a taxa de desocupados durante os últimos 3 meses de 2015, o Estado registrou um índice de 5,6% da população nestas condições na semana de referência. O volume é 3,4 pontos percentuais abaixo do registrado na média nacional que foi de 9%. Mas para o economista Vivaldo Lopes os dados referentes a Mato Grosso demonstram uma condição preocupante. “Apesar do Estado registrar um índice inferior ao nacional, 5,6% demonstram que a crise econômica efetivamente chegou em Mato Grosso”.

 

O especialista avalia que apesar da blindagem proporcionada pelo agronegócio, o mercado de trabalho está perdendo força e as forças econômicas não conseguem mais garantir o nível de empregabilidade. “É preciso compreender que três fatores são fundamentais para avaliar a economia. Em 1º está o nível de investimentos, que despencou de 2014 até agora. Em seguida, está a queda na quantidade de empregos, que também apresentou drástica retração neste período e a renda que tem diminuído, afetando diretamente o consumo”. Vivaldo pondera que a partir destes três indicadores é possível esperar um crescimento zero do Produto Interno Bruto (PIB) de Mato Grosso, em 2016.

Brasil – De acordo com o Pnad Contínua, no 4º trimestre de 2015, a taxa de desocupação para o Brasil (9,0%) mostrou estabilidade em relação ao 3º trimestre de 2015 (8,9%) e cresceu 2,5 pontos percentuais frente ao 4º trimestre de 2014 (6,5%). Esta foi a maior taxa da série histórica, desde 2012. Em relação ao mesmo trimestre de 2014, a taxa subiu em todas as Regiões: Norte (de 6,8% para 8,7%), Nordeste (de 8,3% para 10,5%), Sudeste (de 6,6% para 9,6%), Sul (de 3,8% para 5,7%) e Centro-Oeste (de 5,3% para 7,4%). A população desocupada no Brasil (9,1 milhões de pessoas) ficou estatisticamente estável em relação ao trimestre anterior e aumentou 40,8% (ou mais 2,6 milhões de pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2014. Foi o maior crescimento dessa população, em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, na série da Pnad Contínua A população ocupada (92,3 milhões) do país ficou estatisticamente estável em relação ao trimestre anterior e recuou (-0,6%, ou menos 600 mil pessoas) em relação ao 4º trimestre de 2014.

Cerca de 35,4 milhões de pessoas ocupadas no setor privado tinham carteira de trabalho assinada. Esse contingente ficou estável no trimestre (-0,0%) e recuou no ano (-3,0% ou menos 1,1 milhão de pessoas). O IBGE ainda informa que o rendimento médio real habitual dos trabalhadores de R$ 1,913 mil teve queda de 1,1% em relação a igual período do ano anterior, R$ 1.935, e também recuou 2,0% em relação ao mesmo trimestre de 2014, quando estava em R$ 1,953 mil. Entre as grandes regiões, o Sudeste com R$ 2,236 mil mostrou o maior rendimento médio e, o Nordeste com R$ 1,276 mil, o menor.

Entre as unidades da federação, o Distrito Federal tinha o maior rendimento médio com R$ 3,629 mil e o Maranhão o menor com R$ 1,016 mil. Já a massa de rendimento real habitual no Brasil de R$ 171,5 bilhões ficou estatisticamente (-0,6%) estável em relação ao trimestre anterior quando era de R$ 172,7 bilhões, mas caiu 2,4% em relação ao mesmo trimestre de 2014, R$ 175,7 bilhões. Quanto às médias anuais, a taxa de desocupação média para 2015 foi de 8,5%, acima dos 6,8% de 2014. A população desocupada passou de 6,7 milhões na média de 2014 para 8,6 milhões em 2015, alta de 27,4%. Já a população ocupada ficou estável em 92,1 milhões. Por fim, o número de empregados com carteira assinada no setor privado recuou 2,5% no país, passando de 36,6 milhões em 2014 para 35,7 milhões em 2015. O rendimento médio real habitual de todos os trabalhos se manteve estável entre 2014, R$ 1,947 mil, e 2015, R$ 1,944 mil.

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