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Ibama aplica R$ 4 milhões em multas na operação Labareda em Mato Grosso

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O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aplicou R$ 4,12 milhões em multas divididas em 8 autos de infração, nos municípios de Canarana, Ribeirão Cascalheira, Querência e Gaúcha do Norte. A ação aconteceu em setembro. As localidades ficam próximas do Parque do Xingu. O gerente executivo do Ibama em Barra do Garças, José Roberto Gondim Moreira, a terra da região é extremamente produtiva e por isto atrai fazendeiros, que utilizam o fogo para formação de pastagens.

O trabalho de fiscalização foi denominado Operação Labareda, que faz parte da Operação Guardiões da Amazônia. A ação começou em 2 de setembro e foi encerrada no dia 28. Foram reunidos na atividade 2 agentes de fiscalização do Ibama e 2 policias federais. Conforme Moreira, a intenção é montar um projeto piloto, que será realizado todos os anos no período de seca. Ele fala que estavam envolvidos poucos agentes porque o objetivo central era formatar uma metodologia de trabalho.

A equipe utilizava dados sobre os focos de calor expostos no site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e os servidores faziam a rota conforme a incidência de focos. Os locais mais atingidos são os de desmate. Moreira explica que essas áreas estão repletas de materiais lenhosos e secos, o que facilita a propagação das chamas.

O gerente afirma que em Mato Grosso há poucos peritos e o trabalho de identificação da origem e causa de um incêndio leva muito tempo podendo chegar a 3 dias, ao contrário da fiscalização de desmatamento.Os técnicos também precisam certificar os instrumentos utilizados para produzir o fogo, bem como o local onde começou. A informação é indispensável para saber se a causa foi natural ou criminosa.

O fato reduz o espaço de atuação dos fiscais. Além das dificuldades do diagnóstico, os peritos também precisam ficar atentos aos artifícios utilizados para camuflar a autoria do crime. Moreira relata que em alguns casos, as pessoas usam um cigarro e um palito de madeira. O dispositivo possibilita ao criminoso sair do local antes do início do incêndio, evitando que o autor da queimada seja associado a ação por testemunhas.

Conforme análise do gerente do Ibama na região, a operação reduziu o número de focos de calor na região cerca de 60% em relação ao ano passado. Ele informa que a situação pode ser verificada a partis das fotos de satélites. O técnico diz que queimadas naturais causadas por descarga elétrica de raios, ou combustão natural representam menos de 4% dos focos de calor registrados no site do Inpe.

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