Apesar de ter aumentado em 82% o valor de exportação na comparação do primeiro quadrimestre deste ano com o do ano passado, Guarantã do Norte (300 km ao norte de Sinop) ainda tem um déficit de U$ 9 milhões na balança comercial, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Os números mostram que os produtores locais enviaram U$ 1,15 milhões para o exterior e compraram U$ 10,17 milhões.
Os principais produtos exportados têm origem na pecuária, sendo 51% de miúdos bovinos e 49% de carne bovina vendida para Hong Kong, Egito, Paraguai, Emirados Árabes Unidos e Iraque. A importação também é toda voltada para o agronegócio. Adubo e enxofre são os insumos mais comprados da Bielorrússia, Lituânia, Estados Unidos e China.
O professor de economia da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Feliciano Azuaga, explica que o déficit da balança comercial se deve às características econômicas do município. Guarantã, diferentemente dos grandes produtores rurais da região norte, não possui agricultura em larga escala nem monocultura.
“A cidade teve uma colonização diferente e privilegia a agricultura familiar, produzindo hortaliças, frutas e leite, que são comercializados, principalmente, dentro do próprio município”, explica.
De acordo com o economista, mesmo que não tenha uma agricultura de larga escala, é preciso importar insumos para viabilizar a produção agrícola familiar.