O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou hoje (22) que há recursos em caixa para elevar o valor do salário mínimo de R$ 465 para R$ 510. Segundo ele, a decisão cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem o ministro se reúne no fim da tarde.
“Fizemos alguns ajustes e o relator [Geraldo Magela (PT-DF)] também contribuiu quando colocou isso [a sugestão do aumento] na proposta do Orçamento.”
De acordo com o ministro, o projeto inicial do governo previa o valor reajustado de R$ 507, porém a proposta do Orçamento trouxe o valor de R$ 510. Assim, o gasto para cobrir esta diferença será de R$ 600 milhões. “Muitos aposentados sacam o benefício nos caixas eletrônicos dos bancos. Seria muito difícil pagar um valor “quebrado”. O valor de R$ 510, embora tenha um impacto maior nas contas, resolve esse problema.”
Ele disse que na mesma edição do Diário Oficial da União em que será publicado o reajuste do mínimo será divulgado também o aumento concedido aos aposentados. Apesar de ainda não haver acordo com as entidades de classe, o aumento real será em torno de 2,5%. “É um reajuste equivalente à inflação mais metade do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do ano passado, de 5,1%.”
O ministro falou há pouco, antes de se reunir com o ministro da Fazendo, Guido Mantega, para repassar as últimas negociações do governo com o Congresso no ano de 2009.