A volatilidade recente no preços do petróleo no mercado internacional, causada pelos temores em relação ao Irã e os relatórios sobre estoques nos Estados Unidos, não foram suficientes para fazer o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central acreditar que haverá um aumento nos preços da gasolina e do gás de bujão em 2006.
“Apesar da alta dos preços de energia ao longo do ano de 2005, a sua contaminação aos demais preços ao nível do consumidor seguiu contida, como ficou demonstrado nas divulgações dos índices anuais de preços ao consumidor das principais economias mundiais, evidenciando a correção das respectivas políticas monetárias”, diz a ata da última reunião do Copom, divulgada hoje.
Apesar de acreditar que a gasolina não terá reajuste neste ano, o Copom lembra que os preços do petróleo no mercado internacional ainda são um fator de risco. “Dadas as incertezas que cercam a sua trajetória, os preços do petróleo no mercado internacional continuam a representar fator de risco para o comportamento futuro da inflação. De um lado, porque suas variações se transmitem à economia doméstica por intermédio dos seus efeitos sobre os preços de insumos derivados do petróleo; de outro, porque afetam as expectativas dos agentes econômicos.”
Já a previsão para reajuste das tarifas de telefonia fixa é de 2,5%. No caso das tarifas de energia elétrica, a expectativa é um pouco maior, 4,2%.
Com isso, a projeção para o conjunto de itens administrados por contrato e monitorados está em 6,2%.
As previsões seguem as informações do último Relatório de Inflação do BC, divulgado em dezembro.