O pagamento de Imposto sobre Circulação de Mercadorias, Bens e Serviços (ICMS) garantiu R$ 6,991 bilhões aos cobres do governo do Estado em 2014. A quantia superou em quase R$ 1 bilhão o montante previsto inicialmente para o período, de R$ 6,014 bilhões, mas ficou abaixo do valor recolhido em 2013, quando totalizou R$ 7,572 bilhões. Os valores nominais foram atualizados no fim de março pela Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz). Na arrecadação de ICMS, o segmento de Combustível manteve a maior participação, com R$ 1,590 bilhão recolhido, sendo 35,3% a mais que a quantia prevista (R$ 1,175 bilhão) e superior em 27,50% à registrada em 2013 (R$ 1,247 bilhão).
Com essas variações, foi o setor que registrou o maior crescimento no recolhimento do imposto, dentre os 16 analisados pelo Fisco estadual. Outra atividade que se destacou foi o Varejo, com R$ 1,093 bilhão arrecadado, um incremento de 5,29% sobre o montante recolhido em 2013, quando totalizou R$ 1,038 bilhão, e 11,9% além do orçado pelo Executivo. “O Comércio tem destaque na economia de Mato Grosso, inclusive como um grande gerador de empregos, mas em 2014 teve um fraco desempenho nas vendas”, pontua o economista e professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Antônio Humberto de Oliveira. Com a terceira maior arrecadação no último exercício está o setor de Energia, responsável por “engordar” o cofre do governo estadual em R$ 668,408 milhões, num acréscimo de 30,7% sobre a contribuição esperada para o período e 24,39% a mais que em 2013, quando o segmento recolheu R$ 537 milhões em ICMS.
A contribuição do setor de Veículos ficou quase equiparada àquela obtida sobre o setor de Energia. Foram recolhidos R$ 621,923 milhões, alta de 12,5% sobre o montante previsto e de 0,16% sobre o valor total assegurado um ano antes, quando atingiu a cifra de R$ 620 milhões. Já o setor que mais surpreendeu com relação ao valor previsto inicialmente foi a cadeia produtiva do Algodão, que elevou em 136,3% os recolhimentos de ICMS em 2014, ao atingir R$ 91,799 milhões. Eram esperados R$ 38,852 milhões para o período. Em comparação com os R$ 89 milhões arrecadados em 2013, a variação anual ficou positiva em 2,24%. Outros segmentos que arrecadaram acima do previsto foram: Arroz, com R$ 131,105 milhões (56,7%); Atacado, com R$ 433,526 milhões (5,7%); Bebidas, com R$ 356,732 milhões (30,1%); Comunicação, com R$ 484,622 milhões (4,8%); Medicamentos, com R$ 175,672 milhões (33%); Pecuária, com R$ 337,722 milhões (1,3%) e Supermercados, com R$ 318,166 milhões (31,1%).