O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, o adjunto de Turismo, Jefferson Moreno, e os deputados estaduais da Câmara Setorial Faixa de Fronteira estiveram, ontem à tarde, no aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, para verificar quais dificuldades emperram o processo de conclusão da internacionalização.
O superintendente da Infraero, Laelson Augusto do Nascimento, explicou que as obras estão concluídas e têm o aval do Ministério da Agricultura, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Polícia Federal. Ainda há impasse em relação à área da Receita Federal, que encaminhou o projeto da obra, que foi construído, e depois voltou atrás. Desta forma, o espaço de 51 metros quadrados construídos já não atende mais e há a solicitação de nova obra de 180 metros quadrados.
Com as adequações feitas atualmente, o aeroporto tem condições de atender 200 passageiros por hora. O início da internacionalização se dará com dois voos semanais de Cuiabá a Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. Os membros da comitiva concordaram que não há necessidade de ampliação neste momento. “É inconcebível que um Estado com o potencial e a economia de Mato Grosso não tenha voos internacionais porque um órgão federal se coloca como atrapalhador do desenvolvimento do Estado exigindo mudanças não necessárias. Temos exemplos de aeroportos alfandegados que não têm a estrutura que temos aqui”, criticou o secretário César Miranda.
Ele lembrou que o governador Mauro Mendes tem cobrado, desde o início de seu mandato, para que haja uma solução no empecilho junto à Receita Federal. “Temos que resolver esta questão porque o Brasil precisa ser destravado e as coisas precisam ser simplificadas. Precisamos gerar emprego e renda e os governos federal, estaduais e municipais não podem atrapalhar. Temos que ter alternativas para ir e vir. A Assembleia Legislativa está de parabéns por também encampar este desafio”, frisou o secretário.
O deputado Carlos Avalone apontou que o problema é pequeno e deve ser solucionado de uma vez por todas. Segundo ele, a alegação da Receita Federal é de que houve uma remodelação nas normas e o Aeroporto Marechal Rondon passou de pequeno para médio porte. “Porém, aqui tem condições de receber e de sair os voos necessários. Precisamos agora do empenho de todos, bancadas estadual e federal, poderes executivos, comprometidos e trabalhando para que se forem necessárias mais obras, que sejam feitas, mas com a internacionalização funcionando”, disse.
Também participou do encontro o superintendente da Centro Oeste Airports, concessionária que administrará o Marechal Rondon (e aeroportos de Sinop, Rondonópolis e Alta Floresta), Marco Antônio Campos Gomes, afirmando que a empresa está buscando todas as formas para agilizar os trâmites do processo de internacionalização do aeroporto.