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Gás de cozinha vai subir 8% e pode chegar a R$ 50

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Um novo reajuste aterroriza os consumidores mato-grossenses. Dessa vez, o aumento será no preço o gás de cozinha, o GLP. Nas contas do revendedores de Cuiabá e Várzea Grande, o valor do botijão de 13 quilos pode chegar a R$ 50. O acréscimo vai variar entre R$ 0,50 e R$ 3, dependendo da marca. Atualmente o consumidor paga de R$ 45 a R$ 47 por unidade e a previsão é que a partir da segunda-feira (14) os novos valores sejam praticados no varejo.

A alta vai de encontro às perspectivas divulgadas pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), cuja ata da última reunião, divulgada esta semana, previa não haveria inflação nos preços do gás de cozinha até o fim do ano. Mas, na prática, o consumidor faz as contas de quanto terá que desembolsar a mais para a aquisição do produto.

O presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás de Mato Grosso (Siregás-MT), José Humberto Botura, afirma que a alta será de 5% a 8% na ponta. Segundo ele, o último aumento do setor ocorreu em novembro do ano passado. “Nesse caso, não repassamos a alta para o consumidor que chegou a R$ 0,50 por botijão”.

Em Cuiabá, os pontos de vendas devem repassar a majoração a partir da próxima semana. O gerente de uma revendedora de gás, Demilson Santiago, explica que o consumidor tem o hábito de pesquisar mesmo sem aumento de preços. Em outra revenda, a responsável pelo estabelecimento, Maria Vilana, diz que já comunicou os clientes sobre os novos preços. O gerente da distribuidora Liquigás na Capital, Miguel Oliveira, afirma que alta vem das indústrias, e ainda não há uma data definida para aplicar o reajuste.

A proprietária de uma padaria, Marlene Duarte estima que irá gastar cerca de R$ 4 por mês a mais na compra dos botijões. “Compro 2 botijões a cada 30 dias”. A comerciante Cecília Gonçalves também não recebeu bem o aumento. “Para compensar a alta vou ter que reduzir custos com outros produtos”.

Por meio da assessoria de imprensa, o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) afirma que os preços são livres em todos os elos da cadeia. “Como o mercado tem autonomia para fixar seus preços, cabe ao consumidor pesquisar aquele revendedor que tem condições comerciais mais vantajosas”, afirma em nota.

Em Mato Grosso existem 2,340 mil estabelecimentos aptos para revender gás, segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP).

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