O frete para transporte de cargas na ferrovia que chega até Mato Grosso, a Ferronorte, custa 103% a mais que no restante do mundo. Os dados foram apresentados pela Associação dos Produtores de Soja do Estado de Mato Grosso (Aprosoja/MT) durante reunião do Fórum Pró-Ferrovia em Cuiabá, realizada ontem. O vice-presidente Oeste da entidade, Glauber Silveira da Silva explicou que a diferença de preços dos fretes ferroviário e rodoviário no Estado é mínima. “O custo do transporte rodoviário de Sorriso para Santos é de U$ 103 enquanto que o ferroviário é de U$ 101. Portanto, uma diferença de apenas U$ 2”, calculou.
Os membros do fórum se reuniram na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) para discutir a formulação de um aditivo ao contrato de concessão estabelecendo um prazo para que os trilhos cheguem à Cuiabá. Devido aos valores de frete praticados, também foi colocado em pauta a criação de um marco regulatório para os preços. A Aprosoja aderiu ao movimento Pró-Ferrovia em Cuiabá durante o encontro.
O grupo foi unânime ao pedir que a bancada federal de Mato Grosso deve ter maior comprometimento com as reivindicações do fórum. Após os debates, as entidades seguiram para uma reunião com o governador Blairo Maggi para reivindicar a articulação de uma audiência com o ministro dos Transportes, Alfredo Pereira. O presidente do fórum, Francisco Vuolo solicitou aos participantes que também participem do 1º Seminário de Intermodalidade para Transportes de Cargas que será realizado em Cuiabá, dia 24..