O presidente da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Sistema Fiemt), Jandir Milan apontou que a “viabilização da ferrovia (Ferronorte) e a concretização da BR-163, por exemplo, teremos redução do nosso frete, numa expectativa de 25% menor já no próximo ano. Assim, nos tornaremos mais competitivos, e com isso ganha o empresário, ganha o Estado e o cidadão”, avaliou. Ele aponta que o maior entrave regional é o custo do frete e que com algumas obras essenciais concluídas, o Estado vai experimentar um crescimento ainda mais vertiginoso.
Milan esteve no lançamento das obras do Terminal Ferroviário em Iitiquira, a terceira estação da Ferrovia Senador Vicente Vuolo, a Ferronorte, que terá capacidade para escoar 2,5 milhões de toneladas/ano de óleo de soja, milho, álcool, algodão, madeira de reflorestamento, contêineres frigoríficos e derivados de petróleo. R$ 40 milhões são investidos pela empresa ALL. O projeto prevê a ligação do Estado, a partir de Cuiabá, ao Porto de Santos, em São Paulo e representa um avanço na questão logística de Mato Grosso. “Estou no Estado há 31 anos e desde então ouço falar da ferrovia. Tem gente que ouve há 50 anos, então estar presente em um evento como este marca não só a história como também aumenta nossa esperança de ver o problema logístico de Mato Grosso no caminho de ser equacionado”, diz Milan, através da assessoria.
A estação de Itiquira está prevista para ser inaugurada em agosto deste ano. O próximo trecho é até Rondonópolis (212 km de Cuiabá), previsto para agosto de 2012. A partir de Rondonópolis, a concessão e construção da Ferronorte não serão mais da atual América Latina Logística (ALL), já que o governo do Estado assumiu o compromisso junto ao governo Federal de se responsabilizar pelas obras. De acordo com o governador, os estudos de impacto ambiental do local já devem começar. A previsão é que o trecho, de aproximadamente 220 km, custe R$ 800 milhões, que serão investimentos da União.
O asfaltamento da BR-163, do Nortão ao porto em Santarém (PA) deve ser concluído até o final do ano viabilizando o escoamento da produção das regiões Norte e Médio Norte via porto paraense – extensão média de mil km. Atualmente, o tranporte é feito via portos de Paranaguá e Santos com distâncias superiores a 1,5 mil km de Mato Grosso.