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Fórum debate na 2ª implantação de ferrovia até Cuiabá

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O governador Blairo Maggi (PR), políticos e empresários se reúnem nesta segunda feira, juntamente com o Fórum Pró-Ferrovia, para discutir as novas ações para a vinda da Ferrovia Senador Vicente Vuolo (Ferrnorte) até Cuiabá. O encontro acontece às 8h30, na sede da Fiemt.

É a primeira reunião do fórum neste ano. Na última semana, a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) publicou, no Diário Oficial da União, a Resolução 3.042, autorizando o Projeto Executivo de Engenharia elaborado pela América Latina Logística (ALL), empresa responsável pela construção da ferrovia a executar 13 quilômetros da obra, no trecho entre Alto Taquari e Rondonópolis.

O presidente Francisco Vuolo, acha a extensão pequena. “Não é o que nós queremos. Tivemos uma audiência pública em Brasília, no primeiro semestre do ano passado, com o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, e lá foi colocada claramente a montagem da engenharia financeira necessária para a construção do trecho até Rondonópolis e a definição do traçado até Cuiabá”, afirmou.

Segundo ele, ficou definido que seria formada uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), que ficaria incumbida de fazer a captação de R$ 700 milhões para cobrir o custo desse trecho. “Agora, nós queremos saber como é que ficou essa situação”, disse Vuolo.

Também entrará na pauta de discussões a realização do Estudo de Impacto Ambiental e do Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima), no trecho que compreende a localidade de Mineirinho (60 km ao Sul de Rondonópolis), passando por Rondonópolis e chegando a Cuiabá.

Inicialmente, a idéia é que, a partir de Mineirinho, seria criado um ramal até Rondonópolis, porém, o Fórum não aprovou a idéia, temendo que, a partir desse ramal, fosse feito o desvio do traçado original, fazendo com que a Ferronorte se afastasse de Cuiabá, ao invés de chegar até a Capital mato-grossense.

No dia 22 de janeiro, em ofício ao Ministério dos Transportes e ao DNIT, o Fórum Pró-Ferrovia assinalou que diferentes segmentos da sociedade cuiabana e mato-grossense aguardam, desde 1999, uma definição do Governo Federal sobre a questão. “Diante do silêncio da concessionária [a América Latina Logística] e tendo em vista a nova fase da política econômica do Governo Federal – que, por meio do PAC, estabelece uma intensa programação de investimentos em infra-estrutura logística para a ferrovia no país-, urge uma definição técnica e política que possibilite vislumbrar a continuidade do processo de crescimento econômico da Baixada Cuiabana”, diz o comunicado.

No mesmo documento, o fórum lembrou, também, que a baixada cuiabana, além de concentrar o maior núcleo urbano do Centro-Oeste, envolvendo cerca de 40% da população mato-grossense e de 42% de toda a produção estadual, é o maior pólo de consumo, produção e distribuição de Mato Grosso; concentra as principais faculdades e universidades; tem as principais indústrias e outros empreendimentos que representam 80% do setor no Estado; conta com um complexo de infra-estrutura que abriga a Usina de Manso, o Gasoduto Bolívia-Cuiabá e um aeroporto internacional; e o maior entroncamento rodoviário (BR-070, BR-163 e BR-364).

Além do mais, a grande cuiabá conta, ainda, com o maior centro de convergência de cargas do Estado, além da Estação Aduaneira do Distrito Industrial, já instalada e em pleno funcionamento. “Essa infra-estrutura, associada à alternativa de escoamento mais barata pela ferrovia, garante a implantação de uma política para suprir os 45% de área agricultável na Baixada Cuiabana, principalmente, para a área de hortifrutigranjeiros, atendendo à demanda do mercado consumidor, além de viabilizar alternativa para o mercado externo”, observou Francisco Vuolo.

O fórum pró-ferrovia em Cuiabá é composto por representantes de várias entidades, como as Federações das Indústrias (Fiemet) e do Comércio (Fecomércio), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja).

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