A falta de trabalhadores aptos para ocupar vagas de emprego nas empresas de Mato Grosso foi debatida na reunião realizada pela Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), com entidades representativas de diversos setores. O estado tem um dos menores índices de desemprego do país, está crescendo economicamente e abrindo mais postos de trabalho e as empresas encontram dificuldades para preencher essas vagas. No início da semana, o SINE estava com 1,9 mil vagas abertas nas maiores cidades, em dezenas de atividades. Em Sorriso, por exemplo, estão sendo admitidos 252 funcionários e em Sinop 229 vagas. Também há oferta considerável em Nova Mutum, com 162 vagas.
“Mato Grosso é um dos estados que mais cresce no país, temos muitas oportunidades de emprego, mas não temos pessoas o suficiente ou prontas para o trabalho. É importante trabalharmos com planejamento, no curto, médio ou longo prazo, envolvendo também o governo do Estado e prefeituras na busca de soluções”, explicou o presidente da Fiemt, Silvio Rangel.
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) copilados pelo Observatório da Indústria da Fiemt mostram que no estado há 71 mil pessoas desocupadas. O gerente do Observatório da Indústria da Fiemt, Pedro Máximo, ressalta que é observado um decréscimo de cerca de 30% na quantidade de desocupados, levando em conta que no início de 2022 somavam 104 mil pessoas.
“Quando a gente olha para a informalidade é notado uma certa estabilidade. Do total de 1,7 milhão pessoas que estão no mercado de trabalho em Mato Grosso, 643 mil pessoas são de informais. Mato Grosso vive hoje o que chamamos o pleno emprego. Hoje, 3,8% da população está procurando emprego, significa que quem está procurando emprego, não necessariamente está desocupado”, explicou.
Rangel destacou que as entidades, prefeituras e o governo de Mato Grosso já têm feito um trabalho capacitar pessoas para novas funções de trabalho, mas que também é preciso uma estratégia para que mais pessoas venham para o Estado.