O Instituto de Pesquisa e Análise da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo verificou que para cada 1% de aumento na exportação do estado, sobe também o número de empregos gerados. O perfil de exportação no estado contempla, em sua maioria, o setor da agricultura, com produtos destinados ao mercado chinês.
Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, são 52 empregos qualificados e 1.236 não qualificados a mais para cada ponto percentual de aumento nas exportações oriundas do estado. O diretor de pesquisa do IPF-MT, Maurício Munhoz, explica que a cadeia de produção alavanca diversos outros setores. “O avanço das exportações mostra que a economia está em expansão, o que contribui, em especial, para a geração de emprego para o próprio setor, além de outros”.
Para o presidente da Fecomércio, José Wenceslau de Souza Júnior, o processo de industrialização no estado precisa avançar, já que outros estados que diversificam seus produtos, destinados à exportação, geram mais empregos. “Mato Grosso, além de ser o celeiro do mundo, tem potencial industrial enorme. O processo de industrialização irá gerar valor aos produtos comercializados e, consequentemente, aumento na geração de empregos”.
Ainda de acordo com o Ipea, os estados da região Sudeste do país, que diversificam suas produções com máquinas e equipamentos, alimentação e bebidas, minerais, metalurgia, madeira e papel, e tem países como os Estados Unidos e da União Europeia como destinos, conseguem gerar mais empregos, tanto de mão de obra qualificada quanto não qualificada.
O presidente da Fecomércio informou, ainda, que além desses dados que relacionam as exportações com o aumento na geração de emprego, outras informações irão compor o estudo ‘Onde Investir em Mato Grosso’, que está sendo elaborado pelo Instituto de Pesquisa e Análise. “No dia 31 de agosto, a federação disponibilizará mais este trabalho do seu Instituto de Pesquisa, que com certeza contribuirá para o fomento de novos negócios e de investimentos para Mato Grosso”.