A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso (Fecomércio) se posicionou, hoje, de forma contrária às “ações impostos pelas prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande” de decretarem quarentena coletiva obrigatória, respeitando a decisão do juiz José Luiz Leite Lindote, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Várzea Grande, atendendo ao Ministério Público do Estado, que obriga milhares de empresas de grandes, médio e pequeno portes a ficarem fechadas para reduzir contágio do Coronavírus.
“O comércio em geral, com exceção daqueles considerados essenciais, deve fechar as portas por um período de 15 dias, como forma de combate a propagação do novo coronavírus (Covid-19). No entanto, a entidade reforça que a decisão de fechar o comércio não essencial na região ocasionará uma outra crise – econômica e social – com a falência de inúmeros estabelecimentos comerciais e ocasionando o aumento no número de desempregados. Por isso, a entidade máxima do comércio em Mato Grosso e, consequentemente, a legítima representante do setor no Estado, entrou como terceiro interessado na ação civil pública proposta pelo MPE e aguarda a apreciação do judiciaria. Caso seja aceito, será feito pedido para reverter a decisão inicial do juiz”, aponta a entidade, em nota.
O presidente José Wenceslau de Souza Júnior reforça que o “comércio não aguenta mais ficar fechado” e que, para isso, se atentou às medidas de biossegurança para continuar exercendo as suas atividades sem o risco de propagação do vírus, como o uso de máscaras e álcool 70%, distanciamento de 1,5m entre as pessoas, além de outras medidas.
Conforme Só Notícias já informou, o desembargador Rui Ramos negou pedido da prefeitura de Cuiabá para derrubar a decisão de lockdown e, após a negativa, editou decreto estabelecendo que 52 atividades podem funcionar nos próximos 15 dias. Em Várzea Grande os segmentos também são os mesmos.
Até ontem, em Cuiabá estava com 2.227 pessoas monitoradas e 125 mortes. São 663 pessoas curadas. O hospital/pronto socorro está com 95% das UTIs ocupadas, na Santa Casa a ocupação é de 65%, no Hospital São Benedito 90% e, no Julio Muller, 80% dos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo estão com pacientes. Várzea Grande tem 685 casos sendo monitorados, 92 mortos e 155 curados. O Hospital Metropolitano está com 98% das UTIs ocupadas. Dos 40 leitos, 38 têm pacientes e dos 2 leitos no pronto socorro, um está vago.