O Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio apontou sinal positivo para a contenção da inflação no país. O Índice Geral de Preços, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), apresentou recuo de 0,37% no mês, após ter aumentado 1,18% em agosto. Segundo análise do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio, o recuo foi influenciado pela forte queda nos preços dos minérios de ferro e dos commodities, o que tem ajudado a puxar para baixo o índice geral.
“Apesar de o índice acumular alta de 16,88% no ano e de 32,84% em 12 meses, é uma boa notícia, pois isso mostra que o mercado está se autorregulando. O Banco Central estima que a Selic (taxa básica de juros) fique em 8,25% até o final do ano com o objetivo de conter a disparada da inflação, entretanto, esse índice sinaliza para o controle da inflação”, explica o superintendente da Fecomércio, Igor Cunha.
Segundo ele, o Banco Central deveria levar em consideração os índices apresentados pela FGV para rever alteração da taxa Selic. “Se os preços estão se ajustando, como mostra o IGP-10, não há motivo para a Selic ser aumentada, o que vai inibir o consumo em um período que a economia está crescendo no Brasil, e especialmente em Mato Grosso”.
Igor Cunha completa, ainda, que a inflação não tem prejudicado a expectativa de consumo das famílias. A pesquisa que monitora a Intenção de Consumo das Famílias, em Cuiabá, apresentou a quarta alta consecutiva em setembro e já soma 10,7% de aumento. “As datas comemorativas do segundo semestre ajudam a reforçar o bom momento do comércio. A expectativa de aumento nas vendas até o final do ano deve se elevar ainda mais, apesar das altas inflacionárias observadas também nos últimos meses”.