A adesão da Associação dos Criadores do Estado de Mato Grosso (Acrimat), ao movimento “Grito do Ipiranga”, pode significar o desabastecimento de carne bovina e de aves no mercado. Os pecuaristas em Cuiabá e em outras 13 cidades do interior do Estado decidiram fechar, nesta segunda-feira as unidades do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), órgão, entre outras coisas, é responsável pela emissão das Guias de Trânsito de Animais (GTAs). Sem o documento, o criador não pode tirar nenhum animal da propriedade e, portanto, não haverá transporte de bovinos no Estado.
A previsão dos pecuaristas é que num prazo de 24 horas os frigoríficos já irão sentir o desabastecimento e terão que parar o abate por falta de matéria prima. Até o momento, nos 14 postos do Indea fechados os manifestantes permanecem em vigília em frente às unidades do Instituto. Em Barra do Bugres (168 km de Cuiabá), mais de 100 pecuaristas participam do protesto que tem o apoio do sindicato rural do município. De acordo com os produtores a pecuária representa 33% na geração de empregos na cadeia produtiva do campo. De forma pacífica eles fecharam o prédio do órgão com uma corrente e conversaram com os funcionários do órgão explicando o motivo da manifestação. Os funcionários retornaram para casa.
Nos municípios de Nova Olímpia, Rio Branco, Guarantã do Norte, Juara, Brasnorte, Campo Novo do Parecís, Lambarí do Oeste, Curvelândia, Cáceres, Castanheira, Pontes e Lacerda e São José do Rio Claro, as unidades do Indea também estão fechadas.