A precariedade na estrutura do Instituto de Defesa Agropecuário de Mato Grosso (Indea) tem causado constantes prejuízos no setor madeireiro, segundo avaliação do presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte (Sindusmad), José Eduardo Pinto. “Estamos há meses com essa precariedade de trabalho. Uma hora é greve, outra é informática, em outra já é internet. É uma situação instalada que não é simplesmente voltar aos trabalhos que vai resolver”, destacou ao Só Notícias.
Na última semana, carregamentos de madeiras ficaram paradas por pelo menos dois dias após o sistema que emite os Certificados de Identificação de Madeira (CIM) ser retirado do ar pela empresa responsável que alegou falta de pagamento por parte do Estado. O documento acompanha a nota fiscal do produto para ser transportado.
“Precisamos que o Indea se estruture realmente. O número de funcionários é precário, como o de Sinop que abrange a região e tem apenas um identificador de madeira. As vezes ele é remanejado ou está de férias e não há substituto”, destacou. Para Eduardo, os equipamentos também devem ser substituídos por mais modernos. “O identificador tem que ter um assistente. Uma secretária para ir emitindo o certificando, agilizando o trabalho para poder ganhar tempo. É uma situação precária que o Indea está hoje e que nos causa vários prejuízos”, reforçou.
De acordo com José Eduardo, não é possível mensurar um montante de perdas com esses problemas, no entanto, “são enormes porque a cada vez que ocorre os caminhões ficam parados, os embarques ficam suspensos e quem tem exportações fica a mercê do sistema”, complementou. As reclamações já foram levadas até o Governo Estadual, no entanto, a categoria não obteve respostas positivas. “Já foi discutido bastante, infelizmente ficamos aguardando as providências prometidas”, finalizou.
O Sindusmad é composto por mais de 200 associados de 32 municípios. Já o Indea tem, atualmente, 20 unidades pelo Estado.