As exportações de carne suína brasileira aos Estados Unidos serão retomadas. Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês) comunicou ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) o reconhecimento de equivalência do serviço de inspeção de carne suína do Brasil e autorização para habilitação de matadouros/frigoríficos de Santa Catarina para exportação de carne suína "in natura" para aquele país. A reabertura do mercado gerou otimismo ao setor produtivo mato-grossense que começa a prever um cenário positivo para o produto estadual no mercado internacional.
Além da carne in natura, o Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar (FSIS, sigla em inglês) dos EUA também ampliou a autorização de habilitação de carne suína cozida e processada de outros estados brasileiros livres de aftosa com vacinação, como é o caso de Mato Grosso, desde que a industrialização ocorra em estabelecimentos com registro no Serviço de Inspeção Federal (SIF) e habilitados como produtores de matéria-prima.
No Estado, segundo o diretor-executivo da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Custódio Rodrigues, 4 grandes frigoríficos são habilitados a exportar carne e podem se beneficiar, futuramente, da medida anunciada pelo governo americano. "Este é um importante passo dado rumo ao crescimento das exportações. Depois do embargo russo, tivemos que ir em busca de novos mercados", diz ao acrescentar que o produto mato-grossense é exportado para Hong Kong, países da América do Sul, entre outros.
As exportações terão início assim que o Ministério da Agricultura habilitar os estabelecimentos brasileiros, o que deverá ocorrer ainda esta semana. Inicialmente, 6 empresas receberão autorização para exportar. A abertura para o mercado americano, nesse primeiro momento, é resultado da decisão tomada no ano de 2001 pelo governo de Santa Catarina de manter o estado livre de febre aftosa sem vacinação.
As tratativas com o USDA intensificaram-se em março do ano passado. Todas as respostas e providências foram aceitas pelas autoridades sanitárias norte-americanas e nos próximos dias deverá ser enviado ao Dipoa o documento de conclusão da equivalência dos serviços de inspeção dos dois países.