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Estimativa para milho em Mato Grosso não muda aponta IBGE

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A quarta avaliação na produção agrícola elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresenta poucas mudanças no cenário mato-grossense, que é maior produtor nacional de grãos com participação de 23,0%, seguido por Paraná (19,3%) e Rio Grande do Sul (12,6%).

Na produção do milho segunda safra, o Estado não apresentou variação em relação a análise de março, mantendo área plantada estimada em 2.613.660 hectares, produção de 11.679.033 toneladas e rendimento médio de 4.468 kg/ha. Apesar dito, nacionalmente houve elevação de 5,9% na produção ante o último levantamento feito pelo instituto.

O rendimento médio cresceu 1,6% e, a área plantada, 4,2%, registrado previsão de 32.941.913 toneladas neste safra (+ 49 % a mais). O aumento se deve ao bom preço do milho no mercado e a antecipação da colheita da soja, o que propiciou uma janela maior para o plantio do milho safrinha, notadamente em Mato Grosso.

A região Centro-Oeste foi fundamental no crescimento das projeções nacionais para o milho. Ela apresentou variação média positiva de 7,7% na previsão de produção, e de 5,3% em área a ser colhida. Mato Grosso do Sul foi o Estado destaque, registrando acréscimos de 39,6% na previsão da produção e 19,9% em área a ser colhida. Goiás também apresentou aumento significativo de 4,5% na produção e 5,4% na área a ser colhida.

Em relação a soja, a produção nacional estimada para este ano é de 66,4 milhões de toneladas, redução de 11,4% em relação ao ano passado. Embora a área a ser colhida (24.803.079 ha) aponte um aumento de 3,1%, o rendimento médio esperado (2.677 kg/ha) registra uma queda de 14,1%. No Estado, o levantamento aponta aérea colhida de 6.957.568 hectares, produção de 21.799.986 toneladas e rendimento médio de 3.133 kg/ha.

A região Centro-Oeste é responsável por 52,5% da produção nacional do grão neste ano, registrando aumento de 6,0% na área plantada e de 3,3% na produção (34.868.969 t), apesar da queda de 2,8% no rendimento médio. A redução observada nesta avaliação foi influenciada, principalmente, pelo resultado do Mato Grosso do Sul, estado que foi mais afetado pela seca, que teve o rendimento médio reduzido em 12,8%.

Os destaques na estimativa de abril em relação a março foram para as seguintes culturas: amendoim (em casca), café arábica (grão), feijão primeira safra (grão), milho primeira e segunda safra (grão), sorgo (grão) e trigo (grão).

Entre as grandes regiões, o volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresenta a seguinte distribuição: Centro-Oeste, 64,5 milhões de toneladas; Sul, 56,9 milhões de toneladas; Sudeste, 18,4 milhões de toneladas; Nordeste, 15,0 milhões de toneladas e Norte, 4,6 milhões de toneladas. Comparativamente à safra passada, são constatados incrementos nas regiões Nordeste, 2,6%, Sudeste, 6,9% Norte, 4,6%, Centro-Oeste, 15,0% e decréscimo na Região Sul de 16,2%.

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