Depois de 66 dias de tentativas de fechar um acordo com a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), a Companhia Mato-grossense de Gás (MT Gás), conseguiu finalmente que a estatal do país vizinho assinasse o contrato para fornecimento de gás natural a Mato Grosso. A assinatura do documento, que garante o envio diário de 35 mil metros cúbicos (m3), ocorreu ontem. As informações foram repassadas pelo chefe do Escritório de Representação de Mato Grosso em Brasília, Jefferson de Castro Júnior.
Porém, para que a questão seja resolvida definitivamente, ou seja, que o gás chegue à central de distribuição em Cuiabá, é necessário que a Bolívia assine um pedido de volume do combustível, que será destinado à pressurização do gasoduto. “Como o duto está “vazio” antes que a válvula seja aberta para liberação do gás é necessário o envio de um pequeno volume para dar pressão no gasoduto”, diz Castro Júnior. Ele acrescenta que este pedido seria assinado ainda ontem fazendo com que em um intervalo de 24 horas Cuiabá recebesse o gás para que em poucas horas ele fosse enviado aos seis postos de combustível que revendem o produto e à Sadia.
A estatal mato-grossense esperava desde o início desta semana pela assinatura por parte da Bolívia, mas somente ontem houve resposta positiva. O chefe dos Escritório de Mato Grosso, afirma que entraves burocráticos no transporte do produto da Bolívia para Cuiabá emperraram uma solução mais rápida para a falta de gás. A estimativa é que o metro cúbico do gás seja vendido nos postos por R$ 1,78, sendo que o milhão de BTU sairá por US$ 9,62, já com o valor cobrado pelo transporte.