A partir da primeira semana de fevereiro, na Estação de Piscicultura da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), localizada no município de Nossa Senhora do Livramento, começa a venda de alevinos para recria e engorda em cativeiro de pacu, tambacu e a nova espécie tambatinga que é o cruzamento da fêmea do tambaqui da Amazônia com o macho pirapitinga da Bacia do Araguaia. A comercialização de alevinos será apenas na sexta-feira e a previsão é vender 800 mil alevinos até o final de março.
O chefe da Estação de Piscicultura, Antônio Claudino da Silva Filho fala que no dia da comercialização, o serviço começa cedo, antes das sete horas, lançam a rede de arrasto no tanque de 20 metros de comprimento por 30 de largura para retirar os alevinos. A operação dura menos de 30 minutos, e os alevinos medindo de três a cinco centímetros são retirados. Antônio explica que a rede de arrasto pode ser utilizada apenas em tanques ou represas para retirada de peixes. A pesca de arrasto nos rios é uma prática predatória.
Os preços são considerados os melhores da praça, alevinos medindo de três a cinco centímetros serão comercializados por R$ 140,00 o milheiro, de seis a oito centímetros por R$ 200,00 e de oito a dez centímetros R$ 250,00 o milheiro e a entrega é imediata. Conforme Filho, a expectativa é comercializar 50 mil alevinos toda sexta-feira. O primeiro lote disponível para venda será de tambacu, seguido da tambatinga e o último, o pacu.
O chefe da Estação esclarece que o tambacu é o peixe mais procurado pelos piscicultores, pois não possui muita gordura e cresce em menos tempo em comparação com o pacu. A estação possui uma represa que alimenta os 39 tanques de reprodução, sendo 12 de pesquisa e 27 para recria. O coordenador de Pesquisa, Sebastião Campos Filho fala que com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a estação será reformada e ampliada a capacidade de produção para mais de um milhão de alevinos.
A compra acima de dez mil alevinos será programada pela Estação e o transporte é por conta do comprador. Para propriedades rurais distantes, os alevinos são transportados em embalagens plásticas com oxigênio. As espécies podem ser transportadas e permanecer nas embalagens por mais de cinco horas.