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Especialistas defendem medidas mais rígidas para superar pandemia e retomar crescimento econômico em MT

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Redação Só Notícias (foto: assessoria/arquivo)

Mais de 300 especialistas da área econômica do país — entre eles o ex-ministros da Fazenda Pedro Malan, Maílson da Nóbrega, Marcílio Marques Moreira e Ruben Ricupero, e os ex-presidentes do Banco Central Armínio Fraga, Affonso Celso Pastore, Gustavo Loyola, Ilan Goldfajn e Pérsio Arida, além de vários economistas de renome no cenário nacional e internacional — divulgaram carta aberta, ontem, defendendo distanciamento social mais rígido para superar a pandemia com maior eficácia e, assim, retomar o crescimento econômico e a geração de empregos.

Para o grupo de economistas, o Brasil é o epicentro mundial de contágio da covid-19, se aproximando da marca de 3 mil mortes por dia e 300 mil mortes totais pela doença, somado à falta de vacinas suficientes, profissionais médicos, leitos de UTI, insumos e o aumento da letalidade das novas variantes do vírus. O grupo afirma que só existem três soluções, que precisam ser usadas em conjunto: vacinação em massa, distanciamento social e uso de máscaras. “A melhor combinação é aquela que maximize os benefícios em termos de redução da transmissão do vírus e minimize seus efeitos econômicos, e depende das características da geografia e da economia de cada região ou cidade. Isso sugere que as decisões quanto a essas medidas devem ser de responsabilidade das autoridades locais”, consta na carta.

De acordo com o grupo, com o agravamento da pandemia e o esgotamento dos recursos de Saúde, muitos estados não possuem outra alternativa “senão adotar medidas mais drásticas, como fechamento de todas as atividades não essenciais e o toque de recolher à noite”. Os especialistas defendem que é importante a implementação de auxílio financeiro aos mais vulneráveis para aumentar a adesão ao distanciamento, bem como apoio a pequenas e médias empresas.

O grupo de especialistas também considera que não é verdadeiro o dilema de “salvar a economia x salvar vidas”. Eles lembraram que mesmo os países que inicialmente evitaram o lockdown, tiveram que adotar a medida depois em razão do agravamento da pandemia.

Em outro trecho eles reforçam que a “recuperação econômica, por sua vez, é lenta e depende da retomada de confiança e maior previsibilidade da situação de saúde no país. Logo, não é razoável esperar a recuperação da atividade econômica em uma epidemia descontrolada”, ressaltam no documento.

Os dados da secretaria de Estado de Saúde mostram que ainda há forte resistência da adesão ao distanciamento social em Mato Grosso. No último final de semana, apenas 36,87% da população aderiram ao isolamento, sendo o 2º pior estado do ranking. Conforme os estudos mais recentes da comunidade internacional, o distanciamento social pode reduzir de 29% a 64% a taxa de transmissão do vírus.

Conforme Só Notícias já informou, os projetos do governo do Estado que definem o pagamento de auxílio financeiro a famílias de baixa renda e a liberação de crédito emergencial para atender a micro e pequenas empresas foram aprovados, esta manhã, pelos deputados estaduais. O Ser Família Emergencial, programa idealizado pela primeira-dama Virginia Mendes, vai atender cerca de 100 mil famílias de baixa renda com a transferência do auxílio de R$ 150, durante três meses.

Outro projeto que aprovado é do auxílio para bares, restaurantes e setor de eventos -empreendedores do tipo MEI –  o governo estadual vai liberar R$ 15 milhões, sendo possível o tomador do empréstimo requerer até R$ 10 mil com prazo de 24 meses para pagamento. A carência é de até seis meses e, se as parcelas forem pagas em dia, o juro é zero.

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