Os empreendedores locais que participaram do primeiro dia da VII Expo Brasil saíram otimistas com seus negócios. Durante a conferência internacional “Criando Comunidades Sustentáveis em uma Era Global”, o vice-presidente da Thaining and Development Corporate in the United States, Michael Shuman, apresentou as vantagens de investir nas pequenas empresas. A iniciativa, segundo ele, é fundamental para o desenvolvimento econômico de qualquer país.
O especialista contou aos participantes, em auditório lotado, que o maior sucesso da economia está no investimento em negócios locais. Nos Estados Unidos, um estudo recente comprovou que a maioria do dinheiro gasto no país está nesse setor. “O pequeno empreendedor precisa focar suas atenções em um lugar específico. Assim, o negócio se espalha naturalmente”, afirmou.
Michael Shuman ressaltou que o Brasil precisa substituir a importação, o chamado “Pró-crescimento”. Segundo ele, os grandes empregos nos Estados Unidos vêm a partir de pequenos empreendedores. “Vivemos em uma época em que o maior é o melhor. Por isso, temos que mudar essa imagem. Devido à grave crise econômica que os principais países enfrentam atualmente, este é o momento exato para aumentar a competição entre os mercados locais, e não para lutar contra a globalização”, explicou.
De acordo com Shuman, esse tipo de negócio, como é o caso do artesanato, oferece características únicas que atrai até novos turistas. “São pequenas empresas que não mudam de lugar e têm uma grande consciência ecológica, pois não geram poluentes na atmosfera. Além disso, são altamente multiplicadores. Geram riqueza e trabalho”.
Foi o que aconteceu com a artesã Neuci Marina. Há seis anos, ela trabalhava como dona de casa em Rondonópolis. A região destacava-se como a maior produtora de algodão do Brasil. No entanto, muitos habitantes não sabiam como aproveitar essa oportunidade.
Assim, o Sebrae, em parceria com o Fundo de Apoio a Cultura de Algodão (Facual), ofereceu uma melhor oportunidade de vida para os habitantes da cidade. “Entrei em vários cursos oferecidos pelo Sebrae. Agora, consegui me capacitar e mudei de vida”, comemorou Neuci. No projeto, chamado de Aldo D+, trabalham 20 mulheres. Elas produzem roupas, mantas e encharpes para serem vendidas em feiras por todo o país. Depois da iniciativa, passaram a ter uma renda fixa para sustentar as suas famílias.