O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Sinop (ACES), Klayton Gonçalves acaba de confirmar, ao Só Notícias, que juntamente com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), solicitou a prefeita Rosana Martinelli (PL), por meio de ofício, reabertura imediata do comércio após o governador Mauro Mendes anunciar, há pouco, definir decreto para alinhamento das medidas entre o governo do Estado e prefeituras buscando ‘padronizar’, por exemplo, quais empresas devem suspender suas atividades.
“Acabamos de assinar um ofício e agora vamos alterar, acrescentar as ponderações do governador. Vamos fazer alteração no formato da cobrança. Anteriormente era com o sentimento dos empresários, agora é baseado no sentimento, mais a fala do governador, que vem de encontro com a fala do presidente”, expôs Klayton, referindo-se que em cidades onde não há casos confirmados da doença (como Sinop) não haveria necessidade imediata de fechamento da maioria das empresas. Ontem à noite, atendendo as entidades, a prefeitura liberou mais empresas funcionarem a partir de hoje.
Ainda conforme presidente da ACES, o pedido é de reabertura imediata. “Vamos trabalhar para isso, respeitando a opinião dos comitês de saúde, mas agora temos que pensar nesse sentido, mas preferimos um cenário de economia estável, ainda não temos nenhum caso confirmado e temos que pensar nesse sentido”, destacou.
O secretário de Economia, Astério Gomes, disse que a tendência é a prefeitura de Sinop seguir o decreto do governo e liberar o funcionamento da maioria das empresas, adotando as medidas de higiene e segurança para reforçar a prevenção. A prefeita Rosana Martinelli deve ser pronunciar esta tarde.
No documento do governo, para que as prefeituras também adotem mesma definição, as entidades também se embasam no pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro. Conforme o ofício, ele convocou os empresários a voltarem as suas atividades, de forma responsável, limitada, mas produtiva quando disse “hoje o país tem 38 milhões de autônomos que não tem como sobreviver sem trabalhar, milhares de empresas que não terão como pagar os salários ou arcar com seus fornecedores e mesmo com seus impostos, o que prejudicaria o recebimento também dos funcionários regidos pela CLT e pra finalizar se a economia colapsar os servidores públicos também não vão receber, com tudo isso entraríamos em uma crise que só será superada em anos, por isso estamos sugerindo que quem está saudável trabalhe, preservando idosos e grupos de riscos mas sem parar o país”.
Além disso, também há fundamentos diante da fala de Mauro Mendes, quando disse “vamos continuar a restringir o convívio social e a preparar toda a estrutura necessária para atender aos possíveis doentes do Coronavírus. Mas, não iremos proibir nenhuma atividade econômica essencial, desde que haja a devida obediência às regras sanitárias”.
As entidades citam no ofício o fato de Sinop não ter nenhum caso positivo da doença. Assim como também apontam que em Sinop há 29 casos suspeitos, mas conforme a comunicação oficial da prefeitura “todos são leves e estão sendo monitorados na residência pela Secretaria Municipal de Saúde. A grande maioria se encaixa na faixa etária de 25 a 45 anos. Tem três casos que entram no grupo de risco. E não há crianças”.
Ainda de acordo com o documento, o caso o comércio seja reaberto, os empresários se comprometem a adotar as seguintes medidas, reforçar a higiene das lojas utilizando água sanitária ou cloro para desinfecção dos ambientes; disponibilizar álcool 70% para uso dos clientes e funcionários; disponibilizar espaço para lavar as mãos; obrigar os colaboradores a usarem os EPIs (luvas e máscaras) com A ciência dos riscos acordada em documentos; dispensar das atividades os funcionários do grupo de risco, sem prejuízo de seus salários.
Outras medidas a serem adotadas são manter a equipe reduzida trabalhando no sistema de rodízio; treinar a equipe com base no manual de boas práticas confeccionado pela CDL, ACES e prefeitura; comunicar na porta das empresas e nas mídias sociais como será o atendimento das pessoas dos grupos de risco; priorizar os atendimentos delivery; atender um número limitado de clientes por vez; e em situações de filas sinalizar os espaços respeitando a distância de dois metros por pessoa.
Conforme as entidades, com essas ações protetivas e preventivas “acreditamos que podemos oferecer a sociedade um comércio seguro, combatente ao coronavírus mas sobrevivente. Ainda existirão baixas, tanto entre empregados como entre empresas, mas elas serão bem menores do que no caso do comercio ficar fechado por 15 longos dias em que as contas continuam vencendo e nenhum dinheiro está entrando”, aponta o documento.
Em instantes, mais detalhes