O presidente do Sindusmad (Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte), José Eduardo Pinto, pediu, ontem, ao senador Pedro Taques, durante reunião em Sinop, apoio para viabilizar a construção da hidrovia Teles Pires-Tapajós, ligando o Nortão ao porto em Santarém (PA) para escoar as produções madeireira e agrícola, com economia no custo de frete que gira em torno de U$ 60 por tonelada. Eduardo expôs que isso proporcionará o retorno da competitividade que o segmento industrial perdeu com a crise cambial.
“Sendo assim, será possível retomar os níveis de exportação dos anos anteriores à crise, quando chegou-se a 60% a mais do volume exportado que o atual”, concordou Pedro Taques. Por enquanto, o governo federal não tem projetos técnicos nem tem demonstrado interesse em priorizar a implantação da hidrovia. O ex-senador Jorge Yanai (que era suplente e ficou 4 meses no Senado) constatou que há poucos estudos, na esfera do governo, sobre a viabilidade da hidrovia e não haveria recursos alocados para estudos e projetos.
Mas as entidades na região Norte de Mato Grosso estão reforçando a mobilização. A ACES- Associação Comercial e Empresarial de Sinop- tem defendido, há meses, que sejam garantidas nas obras de construção das hidrelétricas, as eclusas para permitir que embarcações de grande porte possam navegar. “Nossa reivindicação diz respeito à construção de eclusas já na instalação das usinas, fato que viabiliza a implantação de uma hidrovia futuramente e que pode também evitar custos maiores ao governo federal caso as usinas sejam construídas sem as eclusas e estas tenham que ser implantadas no futuro devido à hidrovia”, disse o presidente Mauro Muller. Taques pediu 15 dias de prazo para estudar as reivindicações.
Conforme Só Notícias já informou, Taques também recebeu reivindicações nas áreas de saúde e segurança, além de debater a reforma política. Também participaram do encontro representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Associação dos Engenheiros do Norte de Mato Grosso (Aenor), Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Sindicato Rural de Sinop, Prefeitura de Sinop, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, dentre outras.
(Atualizada às 16:52h)
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