O presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Clésio Andrade, recebeu com preocupação o aumento de cerca 100% do PIS/Cofins sobre os combustíveis. O diesel, que teve preço médio no país de R$ 2,94 em julho, sofrerá um aumento de R$ 0,21.
“O aumento de impostos sobre o diesel terá impacto de 2,5% sobre os custos do transporte rodoviário de cargas, com reflexos imediatos no preço do frete e, consequentemente, no custo dos alimentos e de todos os produtos consumidos pela população brasileira", disse, por meio da assessoria.
A elevação da carga tributária não poderia ser realizada em pior momento para o setor transportador em todos os modais. Após ter registrado PIB de -7,1% em 2016, o setor já foi penalizado com o fim da desoneração da folha de pagamentos neste ano (Medida Provisória em tramitação no Congresso Nacional).
Os aumentos sucessivos da carga tributária comprometerão ainda mais o desempenho do transporte rodoviário de cargas, que responde por mais de 60% da movimentação de bens e produtos no Brasil. Além do impacto sobre o preço do frete, há o risco de novas demissões de trabalhadores do setor.
“Para barrar o déficit público, em vez de aumentar impostos, o governo precisa buscar novas receitas de concessões e privatizações, investir em infraestrutura e prosseguir na modernização do Estado, realizando, ainda este ano, a Reforma da Previdência”. De acordo com o presidente da CNT, Clésio Andrade, essas são medidas sustentáveis, que farão o país voltar a crescer e gerar empregos, enquanto o aumento de impostos inibirá ainda mais a economia nacional.