O produtor do médio Norte mato-grossense pode sair da soja como safra principal, substituindo-a pelo milho, arroz ou algodão. A informação é do diretor de pesquisas da Fundação Rio Verde, Clayton Bortolini. “Muita gente diz que milho não dá em safra normal. Com a tecnologia que se usava antigamente, não dava. Mas adequamos a tecnologia com época de plantio, população, adubação e saímos de 80 sacas de hectare que se produzia para 140 sacas, que é nossa média hoje” afirma ele.
O pesquisador afirma que dá para produzir milho bem rentável, pela rotação de cultura. “Na safrinha, nós temos mais de 10 espécies que podem ser plantadas, cada uma com um objetivo diferente. Mesmo em propriedades onde é colhida a soja em março, podemos implantar a safrinha em 100% dela, mas temos que ver sistemas de produção, onde um hectare de terra tem que produzir o máximo de receita líquida dentro do ano. Não devemos ficar procurando trabalhar em cima de quanto deu a soja, quanto deu o milho, quanto deu a cobertura de solo. É necessário analisar o sistema integrado de quanto deu no ano. Esse é o trabalho, a conscientização que a Fundação Rio Verde tem buscado levar aos produtores”, ressalta.
Estas e outras orientações estão sendo destacadas na quarta edição do Entec$$ – Encontro Nacional de Tecnologias para Segunda Safra, que começou ontem, em Lucas do Rio Verde. O evento prossegue até sábado. Veja a programação em Agronotícias