Engenheiros e acadêmicos do Norte de Mato Grosso participam, em Brasília, da terceira edição do Congresso Mundial de Engenheiros (World Engineers’ Convention), que foi aberto na 3° pelo presidente Lula e termina amanhã. Com um número recorde de participantes, mais de 4 mil inscritos, o Brasil é o terceiro país a sediar o evento que, nas edições anteriores, foi realizado em Xangai (China) e Hannover (Alemanha). A estimativa é de que dez mil participantes, incluindo os visitantes da ExpoWEC (feira de tecnologia paralela ao evento), compareçam ao Centro de Convenções.
“A engenharia é fundamental para o setor produtivo e, portanto, para o desenvolvimento de um país, que demanda vontade, construção e inovação. Esta crise internacional obriga a todos nós, de uma forma profunda, a desenvolver uma capacidade imensa de melhor aproveitar os recursos e propor soluções. É um momento da retomada do desenvolvimento”, disse o presidente.
Inovações
Depois de expor a “Casa Ecológica” e a Usina Móvel de biodiesel, as atenções dos participantes voltam-se para o Gerador de Energia Eólica. Trazido por uma empresa japonesa, a Hitachi High Technologies, o equipamento, que já é utilizado por países da Ásia, ainda não possui valor estimado para comercialização, pois está em processo de nacionalização, mas os representantes garantem que a novidade terá preço competitivo.
De acordo com o consultor da empresa, Sergio Trovo, o gerador de energia a partir do vento deverá ser bem aceito por produtores rurais e áreas comuns de condomínios e prédios. A potência do equipamento varia de 10 a 20 kilowatts, podendo abastecer de oito a dez residências confortavelmente. “Na cidade, o gerador atende a todas as necessidades modernas e no campo às bombas de água, por exemplo”, exemplificou o consultor.
Entre as vantagens, possui um motor com menor desgaste, devido a girar em baixa rotação. Além disso, faz menos barulho que motores convencionais e não agride a fauna, no caso da migração de aves. “É um investimento, na verdade, porque o retorno terá custo zero e exigirá baixa manutenção”, destacou Sergio Trovo.
Ele lembra que a energia eólica vem sendo usada pela humanidade desde 1.000 anos antes de Cristo e, por ser gerada a partir de fenômenos naturais que se repetem, é considerada energia renovável. A previsão de lançamento do produto no mercado brasileiro e para 2010.