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Empresas de menor porte abocanham 79% do total de empréstimos do BNDES

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As micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) abocanharam a maior parte dos empréstimos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em Mato Grosso no 1º semestre. Estas empresas representaram 79% do volume de crédito emprestado no período, com a contratação de R$ 1,049 bilhão, de um total de R$ 1,326 bilhão que o banco de fomento desembolsou aos empresários do Estado este ano.

O valor contratado por esses negócios também cresceu 11% na comparação com o ano passado, quando os financiamentos feitos pelas empresas deste porte somaram R$ 942,6 milhões e representou 66,5% do volume total. Mola propulsora da economia nacional, as micro e pequenas empresas representam 27% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e demandam 52% dos empregos com carteira assinada, segundo levantamento realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em 2014.

Estes dados explicam porque o BNDES abriu seus olhos para este segmento e expandiu a sua presença junto aos pequenos e médios negócios, que faturam o equivalente a R$ 300 milhões por ano, no caso das médias, até R$ 3,6 milhões no caso das empresas de pequeno porte, enquanto as micro têm receita bruta de até R$ 360 mil. “São as micro e pequenas empresas que movem a cadeia econômica do país. São elas que geram mais empregos e têm sido a saída para crise econômica. Com o crescente aumento do desemprego, muitas pessoas estão investindo na abertura de empresas, e isso tem feito os pequenos negócios crescerem ainda mais”, analisa a economista Edijeide Fernandes.

A economista explica que a relação do BNDES com os pequenos negócios se expandiu após mudança de política da empresa. “O BNDES já foi visto como o banco dos grandes para concessão de créditos de R$ 10 milhões para mais. No entanto, houve uma modernização do banco na gestão anterior, que percebeu que era necessário facilitar a aquisição de equipamentos para empresas, como veículos, motocicletas e outros”, acrescenta.

Segundo Edijeide, o acesso ao crédito pela instituição financeira ficou mais fácil e esta relação tem crescido muito, principalmente pela facilitação de acesso ao cartão BNDES, por exemplo, que criou uma rede de empreendedores. “Quem tem acesso ao cartão entra em uma rede de fornecedores que entregam produtos com preços mais em conta”, explica.

Com a produção recorde este ano, o agronegócio representou 70,9% do volume de crédito contratado em Mato Grosso no 1º semestre junto ao BNDES, considerando o valor total, que inclui os empréstimos feitos para empresas de todos os portes e de diferentes segmentos. Do total financiado no Estado este ano, de R$ 1,326 bilhão, os empresários do setor agropecuário emprestaram R$ 940,6 milhões, acréscimo de 24% em relação aos R$ 757,9 milhões registrados no ano passado.

“O agronegócio é a base da economia de Mato Grosso e os produtores estão buscando acesso aos financiamentos para investir mais este ano”, conta o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Normando Corral. O setor de comércio e serviços também registrou avanço nas contratações junto ao banco de fomento. De janeiro a junho deste ano foram emprestados R$ 160,6 milhões, alta de 15,7% sobre os R$ 138,7 milhões em igual período de 2016.

Outros segmentos acumularam baixa no período. Caso das indústrias, que reduziram em 25% o valor de contratação, e da infraestrutura cujos empréstimos reduziram 60%. O economista Pedro Luiz Razente, que atua na área de projetos empresariais há mais de 20 anos, analisa que ao acesso ao crédito poderia ser maior se os juros fossem menores, diante do cenário de recessão atual.

“Estão sobrando recursos, assim como sobrou no ano passado quando o BNDES ajudou a cobrir as contas do governo federal”, relembra. “Este ano a economia ainda está começando a dar sinais de recuperação. O próximo ano promete muito mais, com a redução da taxa de juros e uma recuperação maior da economia, que vai preparar um ambiente de negócios mais favorável para o ano seguinte, sendo que a retomada mais forte da economia será em 2019”, avalia Razente.

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