Levantamento conjuntural feito pelo Departamento de Pesquisas Econômicas da Federação do Comércio do Estado de Mato Grosso – Fecomércio, de 20 a 30 de dezembro de 2005, mostra que os empresários do setor do comércio e serviços continuam otimistas em relação a estabilidade econômica, sendo que 77% dos entrevistados compartilham desta opinião e 60% diz que o país terá crescimento econômico. O resultado do levantamento foi apresentado na manhã de hoje, 10 de janeiro, pelo presidente da entidade, Pedro Nadaf. Ele destacou na oportunidade que o primeiro trimestre será de certa retração, com a retomada do crescimento a partir de abril, principalmente em decorrência dos reflexos da diminuição da taxa de juros e a expansão do crédito pessoal. Na sua análise o resultado demonstra um elevado grau de otimismo, por outro lado, revela que caíram alguns pontos em relação as pesquisas realizadas nos últimos semestres.
A pesquisa tomou por base 400 entrevistas, com 250 empresários do comércio e 150 de serviços, de 11 municípios, que correspondem a todas as regiões do estado: Barra do Garças, Cáceres, Canarana, Colíder, Cuiabá, Primavera do Leste, Rondonópolis, Sapezal, Sorriso, Tangará da Serra e Várzea Grande. Participaram da pesquisa, 13 sindicatos ligados a Fecomércio e seis associações comerciais.
Na comparação dos números apresentados no primeiro semestre de 2005, verifica-se que o nível está menor, pois no levantamento anterior, 83% dos empresários acreditavam numa estabilidade econômica e 66% confiavam no crescimento do país, ou seja, a expectativa para o primeiro semestre de 2006 tanto para a estabilidade econômica como para o crescimento no país obteve queda de 6 pontos percentuais. O crescimento de mercado foi apontado também em nível regional, no qual 68% afirmam que Mato Grosso conquistará uma elevação na economia. No que tange ao empregos, o nível de expectativa é o mais baixo dos últimos dois anos, pois 27% dos entrevistados opinaram que aumentará, 26% que diminuirá e 47% que se estabilizará.
Com relação a forma de vendas praticadas o resultado foi o seguinte: à vista 30%, crediário 23%, cheque pré-datado, 27% e cartão de crédito 20%. Destes índices, apenas o de cartão de crédito é o que se manteve inalterado em relação aos dois primeiros semestres do ano de 2005. os demais tiveram pouca diferença, a exemplo das vendas efetuadas à vista , que no primeiro semestre teve 29% e no segundo 31%. Ou seja apenas um ponto percentual, em cada nível. Quanto aos juros praticados, de 0 a 2% obteve a resposta da grande maioria dos entrevistados, 51%. Na seqüência, de 2,1 a 4%, o percentual foi de 28% dos entrevistados, em terceiro lugar, com 15% ficaram os praticados de 4,1 a 6% e de 6,1 a 8% apenas 6%. Desde o primeiro semestre de 2004, não se registra nenhum índice dos que praticam acima de 8,1%.
Na pesquisa foi avaliada também a opinião dos empresários em relação aos governos estadual e federal. Com relação ao governador Blairo Maggi, 56% dos entrevistados destacaram como bom, 14% ótimo, 26% regular e 4% ruim, o que comprova uma aprovação de 70%, no levantamento anterior este índice era inferior na ordem de 62%. Com relação ao presidente Luis Inácio Lula da Silva, 22% apontaram como bom, 8% ótimo, 34% ruim e 36% regular. Ou seja 70% de rejeição. Um índice negativo, mas que melhorou em relação a última pesquisa, que apontou como sendo 33% como regular e 48% como ruim. Nadaf deixa claro, porém, que estes percentuais não devem ser interpretados como tendência de votos, mas sim, como análise da postura dos administradores frente à política econômica adotada e aos investimentos em infra-estrutura.