Empresários do setor de base florestal receberam de pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) propostas de soluções aos gargalos que dificultam o desenvolvimento das indústrias no Estado. O plano de ação atende às reivindicações elencadas na Carta da Indústria, documento elaborado após o encontro ‘Diálogo para Integração Industrial’, realizado em Juína pelo Conselho Temático de Desenvolvimento Econômico (Codir) da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso. A reunião ocorreu em Cuiabá.
De acordo com o diretor do curso de Engenharia Florestal da UFMT, Zenésio Finger, a proposta do plano de ação contempla sete projetos independentes, porém interligados, de curto, médio e longo prazo, com o intuito de solucionar os problemas vivenciados pelos empresários do setor. “Após a visita na região, em novembro de 2015, pode se identificar os grandes problemas que enfrentam o setor de base florestal. Fizemos um diagnóstico e elaboramos uma proposta preliminar, que foi a célula para essa aproximação maior que hoje está se concretizando”, disse Finger. O diretor ressaltou que, por meio desta proposta de interação universidade-empresa, o objetivo é desenvolver um trabalho para que a atividade do setor seja sustentável.
Para a pesquisadora e representante do Escritório de Inovação Tecnológica (EIT) da UFMT, Mariana Carvalho, a parceria é promissora porque o setor de base florestal busca um respaldo técnico-científico para discutir políticas públicas, legislações e financiamento, enquanto a Universidade busca levantar dados científicos. “Cria uma via de mão-dupla e faz com que os dois lados alcancem o objetivo comum, que é o desenvolvimento racional do setor de base florestal, que tem grande potencial. Mas afirmo que temos que passar dessa questão de potencial, pois há cerca de 30 anos se fala nisso. Ele tem que ser potencializado e servir como uma vitrine”, destacou Mariana.
Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste de Mato Grosso (Simno), Roberto Rios, era um sonho do setor o intercâmbio com a UFMT para elaborar um projeto como este. “O vice-reitor, João Carlos Maia, esteve em Juína durante o Diálogo, aonde foram repassados a ele todos os gargalos do setor de base florestal e, com isso, foi possível desenvolver a proposta de trabalho para o setor noroeste e todo o Estado. Quero agradecer aos professores e também ao presidente do Sistema Fiemt, Jandir Milan, que é um grande apoiador e incentivador do setor, um grande parceiro do nosso Sindicato. Acredito que agora será possível firmarmos essa parceria na busca pela solução de inúmeros gargalos”, disse Rios.
O presidente do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal, Geraldo Bento, também participou da reunião. Para continuidade do projeto, os presidentes dos sindicatos de base florestal deverão analisar as propostas e decidirem quais serão priorizadas e executadas. As informações são da assessoria.