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Empresário brasileiro é um verdadeiro herói, diz Fecomercio

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São muitos os obstáculos que impedem o crescimento da competitividade do Brasil em relação a países com menor desenvolvimento. Com isso, a Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) levantou as principais medidas para ampliar a competitividade do País no mercado externo, como investimentos em educação, redução da taxa de juros e tributação.

Durante o fórum "Competividade: O Calcanhar de Aquiles do Brasil: Fragilidade e Superação", realizado na última segunda-feira (20), o presidente do Conselho Superior de Direito da FecomercioSP, Ives Gandra Martins, afirmou que um dos entraves para o desenvolvimento do País está na questão jurídica.
Homem – Negócios – Empresário

"Sempre que o Poder Judiciário "faz a lei" no lugar do Legislativo temos uma insegurança jurídica. Por isso, considero o empresário brasileiro um verdadeiro herói, porque sem segurança jurídica não há economia de mercado", disse.

Para o presidente do Conselho de Emprego e Relações do Trabalho da Fecomercio-SP, José Pastore, um erro comum acontece quando uma empresa, trabalhadores e sindicatos, resolvem fazer alguma convenção em que nenhuma das partes saia prejudicada. "Apesar disso, o Judiciário pode cancelar o acordo de forma tributária e isso é extremamente prejudicial para todos", acrescenta.

Além desses entraves, outro ponto que precisa ser revisto no Brasil é a redução de juros e tributação tanto na produção quando na exportação. "A expansão da classe C ampliou significativamente o consumo no Brasil, o problema é que como a competitividade foi desfavorável, grande parte deste potencial "vazou" para as importações", explica o professor da PUC-SP, Antonio Corrêa de Lacerda. De acordo com ele, o desafio é manter um ritmo de crescimento razoável, mas criar condições para a geração interna de produtos.

Educação
Os especialistas também abordaram o desafio da educação no País. "A nossa escola precisa de uma transformação brutal. Hoje, temos uma escola pública pobre para os pobres. Com má educação, professores mal remunerados e mal capacitados e sem nenhuma ligação com o setor produtivo", alerta o diretor técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Clemente Ganz Lúcio.

Apesar das dificuldades neste campo, Pastore analisa que algumas iniciativas mostram aberturas para se pensar em um futuro melhor. "Isso vai ajudar todos nós a exigirmos mais resultados da educação. E quando a cobrança é de baixo para cima, o resultado aparece", finaliza.

 

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