O prefeito de Itaúba, Valcir Donato, sancionou a lei que autoriza a doação de um terreno de 49 hectares para a Rio Verde Indústria de Gorduras e Proteínas, empresa recém-aberta no município e ligada ao grupo gaúcho Fasa. A abertura da fábrica de “subprodutos do abate” deve ocorrer no início de 2019. A previsão é que sejam investidos mais de R$ 28 milhões nas obras.
O terreno, localizado às margens da BR-163, na saída para Sinop, pertencia a uma colonizadora do município e foi comprado pela prefeitura em agosto deste ano. A aquisição custou R$ 720 mil, valor que será pago em três parcelas anuais a partir do ano que vem. A ideia inicial era transformar o terreno em um distrito industrial.
O interesse do grupo empresarial gaúcho, no entanto, mudou os planos, segundo o prefeito. “Era para ser um distrito comum, com várias empresas. Porém, como este grupo mostrou interesse e a atividade demanda um espaço muito grande, a área acabou sendo inteiramente doada para eles. Acredito que a instalação desta empresa acabará atraindo outros investimentos. Nossa perspectiva é atrair desenvolvimento para Itaúba”, explicou, ao Só Notícias, o prefeito.
De acordo com o gestor, após a manifestação inicial de interesse, foi realizada uma audiência pública para ouvir a população e para que os empresários tivessem oportunidade de apresentar o projeto. Antes que a prefeitura encaminhasse ao Legislativo a lei autorizando a doação, o secretário de Agricultura, Desenvolvimento, Meio Ambiente e Turismo, Narcizio da Costa, ainda visitou a sede da empresa, no Rio Grande do Sul. “Foi um processo longo. Devido à carência de empregos na cidade, o apoio da população foi maciço”.
Com a lei autorizativa de doação, a empresa deve iniciar os procedimentos burocráticos para transferência do terreno. A legislação prevê prazo de 90 dias para que, após concretizada a doação, o grupo empresarial dê entrada nos pedidos de licenças ambientais. O prazo é de 18 meses para conclusão da obra e início das atividades.
De acordo com os estudos apresentados pela empresa, devem ser gerados cerca de 70 empregos diretos na construção da fábrica, que deve começar a partir de abril (após emissão das licenças ambientais). Com o início da operação, a estimativa é que sejam abertos de 100 a 120 empregos diretos. “Vale ressaltar que o único incentivo dado pela prefeitura, além da doação do terreno, será a terraplanagem superficial. Ou seja, não terá isenção de impostos”, destacou o prefeito.
O grupo gaúcho instalará a primeira planta em Mato Grosso. Atualmente, possui oito plantas industriais para processamento dos resíduos de origem animal, sendo três no Rio Grande do Sul, duas em Santa Catarina, uma no Mato Grosso do Sul, uma em Rondônia, uma no Pará e mais uma planta no México.