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Emprego na indústria caiu pelo décimo mês consecutivo

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O emprego na indústria de transformação brasileira caiu 0,8% em novembro na comparação com outubro do ano passado, na série livre de efeitos sazonais. Foi a décima queda consecutiva do indicador, que ficou 8,5% menor do que o registrado em novembro de 2014, informa a pesquisa divulgada, hoje, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A queda do emprego é resultado da forte retração da atividade industrial ao longo do ano passado. "O indicador de horas trabalhadas na produção alcançou dois dígitos de janeiro a novembro na comparação com o mesmo período de 2014, confirmando a trajetória negativa da produção na indústria", afirma o gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.

Conforme a pesquisa, em novembro, o faturamento do setor caiu 2,7% e as horas trabalhadas na produção recuaram 1,7% frente a outubro, na série livre de influências sazonais. Na comparação com novembro de 2014, o faturamento teve queda de 13,3%, e as horas trabalhadas na produção diminuíram 12,1%.  O nível de utilização da capacidade instalada recuou 0,4 ponto percentual em novembro na comparação com outubro e ficou 3,7 pontos percentuais abaixo do de novembro de 2014, mostra a pesquisa da CNI.

Os únicos indicadores que tiveram resultado positivo na comparação mensal foram os relativos à remuneração dos trabalhadores: a massa salarial real e o rendimento médio real.  A massa salarial real aumentou 0,4% e o rendimento cresceu 1,1% em novembro frente a outubro na série dessazonalizada. No entanto, na comparação com novembro de 2014, a massa real de salários  diminuiu 9,1% e o rendimento real caiu 0,7%.

A alta de novembro, segundo Castelo Branco, se deve ao pagamento do 13º salário e de indenizações para os empregados demitidos. Essa trajetória não se manterá nos próximos meses, porque não há sinais de reativação da produção. "Os dados das vendas no varejo estão muito ruins, sinalizando que a indústria não terá necessidade  produzir mais para  repor estoques. A queda na atividade deve se repetir em 2016 com reflexos no emprego e na remuneração dos trabalhadores", observa o economista.

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