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Embrapa apresenta novas tecnologias em dia de campo em Sinop

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A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, realizou, esta manhã, o segundo dia Dia de Campo da Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop. O evento contou com a participação do presidente da Famato, Rui Prado, e vários palestrantes da própria Embrapa de Sinop e também de outras localidades do país. A abertura foi feita pelo chefe geral da unidade, João Flávio Veloso.

Foram sete estações temáticas apresentadas aos participantes. “Plantas forrageiras para sistemas integrados” foi abordado por Bruno Pedreira e Roberta Camevalli, da Embrapa Agrossilvipastoril. “iLFP: consórcio milho – braquiária em sucessão ao cultivo de soja” por Gessi Ceccon, da Embrapa Agropecuária Oeste. “iLPF: componente florestal”, Diego Barbosa Alves da Embrapa Agrossilvipastoril e Jaldes Lander, Flora Sinop.

“Cultivares convencionais” com Clóvis Albuquerque e Flávio Tardin, da Embrapa Milho e Sorgo. “Tecnologias de produção” com Flávio Jesus Wruck e Isabela Volpi da Embrapa Arroz e Feijão. “Alternativas de plantas de cobertura e adubação verde” com Silvio Spera e Eduardo da Silva Matos da Embrapa Agrossilvipastoril.

Além das palestras e bate papo com os pesquisadores, os participantes visualizaram, no campo, todo o conteúdo que foi apresentado nas sete estações temáticas.

Veja o resumo das palestras:
Consórcio milho-braquiária

Na estação sobre consórcio milho braquiária em sucessão ao cultivo de soja, o analista da Embrapa Agropecuária Oeste, Gessi Ceccon, abordou o ajuste de população de plantas de braquiária e a época de dessecação da forrageira após a colheita do milho e antes do plantio da soja. Além disso, apresentou os benefícios deste consórcio para o sistema de produção.

“Somando-se a sucessão soja, milho e braquiária, nós temos um acúmulo de 12 a 15 toneladas de massa ao solo. Isto estabiliza carbono, protege o solo, evita a perda de nutrientes e o agricultor fica com a saúde financeira estável”, explica.

Além da apresentação no dia de campo, os interessados ainda puderam ver mais detalhes sobre o consórcio entre milho e braquiária em uma palestra realizada na tarde de sexta-feira no Sindicato Rural de Sinop.

Espécies florestais na iLPF

O componente florestal dentro da integração lavoura-pecuária-floresta foi apresentado em uma estação pelos engenheiros florestais Diego Antônio, da Embrapa Agrossilvipastoril, e Jaldes Langer, da Flora Sinop. Em suas apresentações, eles mostraram um pouco sobre o manejo e condução das árvores e sobre as diferentes possibilidades de composição de um sistema.

“É muito importante avaliar as condições da região. Além das condições naturais, como solo e clima, o produtor deve avaliar questões de mercado e de logística. É preciso verificar quem vai comprar a madeira, ou para quem vender a fruta produzida no sistema. É muito importante ter um bom planejamento”, afirma Diego Antônio, que ainda destaca o poder de investimento e a mão-de-obra disponível como aspectos importantes na hora de se escolher a composição do sistema.

Além de assistirem às palestras, nesta estação os participantes ainda puderam verificar no campo diferentes espécies florestais, como pau-de-balsa, pinho-cuiabano, eucalipto, mogno africano, pequizeiro, seringueira e teca.

Plantas forrageiras

As diferentes opções de plantas forrageiras adaptadas ao estado de Mato Grosso foram apresentadas em outra estação. Em meio ao campo agrostológico da Embrapa Agrossilvipastoril, os pesquisadores Bruno Pedreira e Roberta Carnevalli mostraram para os participantes as características e indicações de 33 espécies utilizadas para a alimentação animal, tanto em forma de pastejo quanto em conservação.

“Apesar de lançadas há muitos anos, boa parte destas variedades é pouco utilizada em Mato Grosso e desconhecida para a maioria dos produtores. Por isso a ideia de mostrá-las juntas aqui, demonstrando as possibilidades existentes”, afirma Bruno Pedreira.

Soja Livre

Em uma das estações do 2º Dia de Campo da Embrapa Agrossilvipastoril, o público presente pôde conhecer o Programa Soja Livre. O coordenador do Programa, Clóvis Albuquerque e o pesquisador da Embrapa Soja, Edison Ramos, apresentaram o desempenho de 14 cultivares de soja convencional desenvolvidas pela Embrapa e parceiros e mostraram aos participantes os potenciais de mercado do grão convencional.

Segundo Clóvis, o objetivo do Programa Soja Livre é o de garantir ao produtor a opções de escolha no momento do planejamento da lavoura.

Milho e sorgo

Na estação de milho e sorgo, os participantes visualizaram diferentes variedades de milho, como o milho branco, o milho variedade, milho de pipoca, um híbrido desenvolvido para milho verde e o milho superdoce.

“Enquanto o grão do milho comum tem 3% de açúcar e 60 a 70% de amido, este híbrido de milho superdoce tem 25% de açúcar em seu endosperma e de 30 a 35% de amido. É um milho que está sendo muito demandado pelas empresas de alimentação para produção de conserva”, explica o pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, Alexandre Ferreira.

Nesta mesma estação, o pesquisador Flávio Tardin apresentou aspectos do zoneamento climático para o sorgo, mostrando a possibilidade de plantio após o período indicado para o plantio de milho safrinha.

Arroz e Feijão

Na estação sobre arroz e feijão, os pesquisadores Flávio Wruck e Isabela Furtini apresentaram cultivares de arroz e feijão disponíveis para o estado de Mato Grosso. Segundo Isabela, a grande novidade foi a apresentação da cultivar de arroz de terras altas BRS Esmeralda, que acaba de ser lançada pela Embrapa Arroz e Feijão e tem grande potencial para a região.

Cobertura vegetal e adubo verde

As diferentes formas de proteção do solo foram apresentadas em uma estação sobre plantas de cobertura e adubo verde. Além de acompanharem as explicações dos pesquisadores Eduardo Matos e Silvio Spera, os visitantes viram no campo espécies como milheto e Brachiaria ruzizienses, que podem ser alternativa para a produção de palhada em sistemas de plantio direto, além de adubos verdes como caupi, crotalárias, guandu e lab-lab.

“Com estas plantas você tem redução de processos erosivos e melhora na estrutura do solo, favorecendo o armazenamento de água e a penetração de raízes. Assim, as raízes têm condições de melhorar a exploração do solo e consequentemente absorverem uma quantidade maior de nutrientes. Os adubos verdes, por sua vez, fazem a fixação biológica de nitrogênio. São plantas com capacidade de fazer uma simbiose com bactérias que conseguem tirar nitrogênio da atmosfera e fixar na biomassa. Após o corte destas plantas estes resíduos vão liberar estes nutrientes para a próxima cultura que é a cultura de interesse”, explica Eduardo Matos.

(Atualizada às 17h30)

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