O embaixador da União Européia no Brasil, João Pacheco, ficou impressionado com o potencial de produção do biodiesel e etanol de Mato Grosso ao visitar hoje, em Cuiabá, a Cooperbio. Há interesse da União Européia em aumentar a produção de biodiesel na Europa e o objetivo é a redução de poluentes, aumentando meta em 10% o consumo de combustível renovável. “Para atingirmos essa meta temos que produzir mais e exportar, portanto há oportunidade para o Brasil, no bioetanol. Há discussões para isso e vamos ver as condições de exportação. Vamos ver qual Estado tem mais produção. Mato Grosso tem produção, portanto tem mercado”, revelou João Pacheco.
O embaixador considerou que a Usina Cooperbio é de alta tecnologia. “Estou impressionado com a questão do biodiesel, tendo como matéria prima o caroço do algodão ou a soja. Vimos aqui até o sebo de boi. Posso dizer que seja o que for a matéria prima, depois que sair do outro lado é biocombustível”, brincou ao definir a eficiência da operacionalização da Usina.
Mato Grosso são 30 indústrias de biocombustível, 19 delas já estão em operação. “A Cooperbio é a única da América Latina, com tecnologia totalmente brasileira, implantada graças ao Programa de Incentivos Fiscais, proporcionado pelo Governo do Estado”, frisou. Projetada com capacidade mínima para produzir 350 mil litros/dia, a Cooperbio pode alcançar 400 mil litros/dia. “O objetivo a princípio é garantir aos produtores de algodão e soja de Mato Grosso um combustível mais barato a partir da utilização da matéria-prima produzida no campo, o caroço de algodão e grãos de soja, sendo 40% de aproveitamento do caroço do algodão”, destacou João Luiz Ribas Pessa, presidente da Usina.