Em uma sessão de poucos negócios, o dólar encerrou em baixa de 1,58% nesta sexta-feira, a R$ 2,245, refletindo a melhora dos mercados externos na véspera, dia de Corpus Christi e feriado no Brasil.
Na semana, a divisa norte-americana acumulou declínio de 0,71%.
“Ontem, que foi feriado aqui, foi bem forte lá fora. Hoje (o mercado externo) está realizando um pouco, mas ainda assim é um cenário benigno”, afirmou Jorge Knauer, gerente de câmbio do banco Prosper.
As bolsas de valores norte-americanas avançaram na quinta-feira depois de comentários do chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, de que as expectativas de inflação caíram.
Knauer lembrou que, com a melhora externa, o mercado se volta para os fundamentos econômicos do Brasil, que não mudaram.
“Segue a tendência de fluxo, a taxa de juro que é bem alta. E, nesses padrões, a tendência é de queda (do dólar)”, disse, acrescentando que o volume de negócios foi bem abaixo do normal.
Nesta tarde, porém, as bolsas dos EUA operavam em leve baixa, com investidores embolsando lucros depois de dois dias de alta e por conta de comentários do presidente do Fed de St. Louis, William Poole, de que as pressões inflacionárias podem estar aumentando.
O gerente de câmbio da corretora Liquidez, Francisco Carvalho, ponderou que o mês é de volatilidade devido às incertezas externas e destacou que o comentário de Bernanke diverge de discursos anteriores dele.
A semana foi de volume mais fraco no segmento interbancário em relação à média diária de US$ 1,5 bilhão por ser mais curta para o mercado doméstico, com o feriado na quinta-feira e com o fechamento mais cedo na terça-feira devido ao jogo do Brasil na Copa do Mundo.