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Educador orienta pais sobre economia na compra de materiais escolares

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O ano mal iniciou e as contas de janeiro já começam a desmontar o orçamento familiar: IPTU, IPVA, merecidas férias, parcelas dos presentes. Se a família não souber se planejar, corre o risco de se assustar mais ainda com o "buraco" que tais gastos causarão. Além de tudo isso, os primeiros dias do ano também servem para os pais já planejarem como vão gastar com o material escolar dos filhos.

De acordo com o economista e educador financeiro Edward Claudio Júnior, um dos problemas é o fato de que a maioria dos brasileiros tem grande dificuldade em realizar boas negociações em função da timidez. "No entanto, se os pais fizerem as compras com planejamento e com tempo, é possível economizar bastante", diz.

Veja dez dicas elaboradas por Claudio Júnior para ajudar os pais no melhor rumo com estes gastos, incluindo outras despesas escolares:

Aproveitar o que sobrou
Um dos segredos é não disperdiçar o material escolar que sobrou do ano anterior. "É importante lembrar que as trocas de livros didáticos entre alunos se séries diferentes representam grande economia", explica o especialista, contando que no caso de não poder trocar o material, a família pode doar para jovens de famílias necessitadas.

Fazer compras juntamente com outros pais
Segundo o economista, isto dá mais chances de negociação de preços. "Para isso, basta juntar duas ou três famílias com filhos na mesma série", orienta ele.

O marketing publicitário
Não se deixe levar somente pelos desejos dos filhos, pois eles podem ser facilmente influenciados por amigos e também pelo marketing publicitário. "Eles vão sempre querer produtos da moda e que contenham imagens de artistas ou personagens de sucesso, o que faz com que os preços desses produtos fiquem muito mais caros", fala Claudio Júnior, complementando que para evitar isso, os pais devem ter sempre em mão uma lista do que é realmente necessário, conversando com os filhos para que entendam a diferença e a utilidade dos materiais.

Ritual de compra
É importante saber falar e se expressar na hora de ir às compras, seguindo todo um ritual, com uma boa abordagem, para que a obtenção do melhor preço ocorra de forma segura e inteligente – buscando a melhor opção de pagamento e não se esquecendo de perguntar "mas quanto custa este produto à vista?".

Como escolher o produto
Existem várias maneiras, mas priorize escolher o produto, pesquisando seus preços pela internet e em pelo menos outros três lugares físicos, presenciais. Negocie à vista; se for pagar a prazo, as prestações devem caber em seu orçamento mensal futuro. Claudio Júnior diz: "seja cordial com o vendedor, pergunte seu nome e cumprimente-o, assim ele certamente lhe ajudará nesta negociação".

Mercado eletrônico
Como esta opção vem crescendo, o preço das lojas virtuais cobre o preço das lojas de rua e shopping, que possuem custos de marketing, locação, funcionários, além de outros custos diferentes das lojas online – que tem custeios dos produtos e da logística de entregas principalmente. O único problema, de acordo com o educador financeiro Claudio Júnior, é que o prazo de entrega pode ser um pouco maior, sendo assim é necessário comprar com uma atencedência maior.

Recicle materiais
Além de ensinar as crianças a economizar, também é preciso desenvolver seu espírito lúdico. Para isso, basta pegar os materiais mais desgastados e dar a eles uma nova vida, juntar folhas de cadernos usados, construir novas capas, usar criatividade nos objetos, etc.

Compras em atacados
Outra maneira de economizar é comprar produtos em atacados, não só materiais escolares, mas também aqueles usados no recreio. Entretanto é importante se preocupar com o balanceamento nutricional, no caso de adquirir alimentos. "Ensine seu filho a comprar somente o necessário e não desperdiçar o que ele tem em mãos", diz.

Transporte
Antes de fechar contrato com as vans, veja se não existe a possibilidade de um revezamente com pais que moram na mesma região ou no no mesmo condomínio. O educador financeiro conta que além de ser divertido, cria uma relação de comunidade mais sólida. "Caso não haja esta possibilidade, pesquisa valores de vans e negocie, mas não se esqueça que este meio transporte tem que estar habilitado e regularizado", explica o especialista.

Educação Financeira
Claudio Júnior por fim orienta os pais a conversarem com a direção da escola para saber quais diferenciais a escola trará neste ano e nos anos seguintes em relação ao ensino da educação financeira. Caso não exista esta possibilidade de aprendizado, ele aconselha a explicar a importância de inserir este tema desde cedo nos colégios.

De acordo com o educador financeiro, "muitas escolas já estão adotando esta disciplina, e o Governo já está em fase de projeto piloto no ensino médio e fundamental".

 

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