Trinta e cinco servidores estaduais concluíram a “Capacitação em Legislação, Pilotagem e Manutenção de Aeronaves Remotamente Pilotadas” e foram certificados em pilotos de Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPA’s), também conhecidas como drones. Foram cinco dias de ensino e muita prática que serão revertidos na intensificação das ações de monitoramento realizadas pelas Secretarias de Fazenda (Sefaz) e Segurança Pública (Sesp).
Dentre os novos pilotos estão servidores da Sefaz, das Polícias Militar, Civil e Judiciária, Corpo de Bombeiros, Politec, Ciopaer, Gefron, Defesa Civil e Marinha que aprenderam a conduzir de forma segura o drone e a realizar a manutenção do equipamento. Durante a capacitação também foi abordada a legislação para operar RPA no espaço aéreo brasileiro.
As aulas foram ministradas por servidores do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Defesa Civil e Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) com conhecimento e expertise em Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPA’s). Instrutores da Associação Brasileira de Multirrotores (ABM) também colaboraram com a formação dos pilotos, principalmente na parte prática.
Para o chefe da Unidade Militar de Operações Conjuntas (UMOC), da Sefaz, e coordenador do curso, tenente-coronel PM Paulo César, o uso do drone traz ao trabalho o uso da tecnologia ligado à inteligência, além de suprir a falta de recurso humano. “O drone permite que tenhamos menos recursos humanos lá na ponta. Com ele apenas um servidor pode fiscalizar uma área muito maior, uma vez que o equipamento pode voar num raio de 3 km, trazendo mais efetividade nas ações”.
O coordenador ressaltou a oportunidade que os alunos tiveram em conhecer, em primeira mão, algumas tecnologias novas adotadas no uso de drones e trazidas pelos instrutores da ABM. “Essas novas tecnologias, trazidas pela equipe da ABM, foram recém lançadas nos Estados Unidos e apresentadas pela primeira vez no Brasil aqui para os nossos alunos”, relata.
Gilson Pregely é coordenador de fiscalização móvel de trânsito da Sefaz e avaliou de forma positiva o curso. Para ele, os drones serão mais uma ferramenta nas operações fiscais que visam o combate à sonegação.
“Na fiscalização de trânsito, os RPAs serão utilizados principalmente na análise situacional do campo onde se realizará a operação fiscal. O equipamento vai permitir que as equipes de fiscalização, de modo furtivo, avaliem o cenário da operação sem que sejam expostos a riscos desnecessários”, explica o coordenador.
Já na segurança pública os RPA’s auxiliam no monitoramento de uma ocorrência policial ou até mesmo nas barreiras policiais. Com o auxílio do equipamento é possível verificar, por exemplo, se o motorista tenta desviar o caminho ao visualizar uma blitz ou ele troca de lugar com o passageiro para escapar da abordagem.
O presidente da Associação Brasileira de Multirrotores (ABM), Lincoln Kadota, foi um dos instrutores do curso e afirma que o uso do drone mitiga alguns riscos e auxilia no monitoramento antes das abordagens. Em sua fala ele ressaltou, ainda, que dentre as turmas que ele já ensinou a de Mato Grosso foi a que mais superou as expectativas, em relação ao empenho e dedicação.