O dólar recuou 0,67% nesta segunda-feira e encerrou no menor patamar desde 21 de maio de 2002, a R$ 2,511. Segundo analistas, a somatória de fluxo de ingressos de recursos, de superávit comercial recorde e de ausência do Banco Central resultou em mais um dia de queda do dólar.
Nesta manhã, dados mostraram um saldo comercial positivo em abril de 3,876 bilhões de dólares, o maior superávit da história. A balança comercial brasileira acumula um saldo positivo de 12,194 bilhões de dólares no ano.
“O superávit continua batendo recorde atrás de recorde, ou seja, o dólar baixo parece não estar afetando tanto”, apontou Paulo Fujisaki, analista de mercado da corretora Socopa.
“Não tem tido saída (de recursos) e os bancos continuam vendidos. Com esse cenário, não dá para pensar em uma aceleração do dólar.”
Fujisaki lembrou ainda que o Banco Central tem estado ausente do mercado há mais de um mês e ele não prevê um retorno da autoridade monetária em breve.
“A prioridade continua sendo (o combate à) inflação e o dólar baixo ajuda o governo”, afirmou o analista.