O dólar encerrou em alta de 1,03% nesta quinta-feira, a R$ 2,258, acompanhando um movimento global ante a expectativa de aumento dos juros nos Estados Unidos.
Mesmo com o avanço exibido durante todo o dia, o Banco Central comprou dólares no mercado perto do fechamento e aceitou seis propostas, a R$ 2,260. Alguns analistas não apostavam em uma atuação do BC uma vez que o dólar já subia.
“Mas tinha liquidez porque, como (o dólar) deu uma puxada em função de juros (norte-americanos), o exportador aproveitou e entrou bastante”, explicou Mário Battistel, diretor de câmbio da corretora Novação.
Na máxima do dia, o dólar chegou a subir 1,79%, a R$ 2,275. O principal receio do mercado, tanto doméstico quanto internacional, é de que os juros norte-americanos subam mais para controlar a inflação nos Estados Unidos.
Nesta tarde, o rendimento pago pelos Treasuries de 10 anos rondava 4,47%, frente a 4,45% na véspera. O dólar também avançou em relação às principais moedas.
Para o responsável pela área de câmbio de uma corretora nacional, que não quis ser identificado, “o mercado hoje estava meio nervoso… vimos até fluxo de entrada, mas tem muito mal-estar no mercado lá fora, houve venda maciça de títulos de emergentes”.
O profissional lembrou ainda que esse movimento global começou na véspera e acabou se acumulando nos mercados brasileiros nesta sessão por causa do feriado de Nossa Senhora Aparecida na quarta-feira.
De acordo com Francisco Carvalho, gerente de câmbio da corretora Liquidez, o movimento está vindo lá de fora. “Alguns hedge funds parecem que estão zerando posição”.