O dólar comercial subiu 1,38% nesta quinta-feira, para R$ 2,272, com o nervosismo registrado no mercado financeiro em todo o mundo pelas discussões a respeito das taxas de juros e do crescimento da economia global.
Hoje o Banco Central Europeu elevou em 0,25 ponto percentual, para 2,75% ao ano, sua taxa básica de juros, evidenciando preocupação com a inflação que é compartilhada por vários países. O temor de alta de preços e desaceleração da economia global é que tem provocado estresse no mercado financeiro.
No dia 10 de maio, o Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) aumentou em 0,25 ponto percentual, para 5% ao ano. Foi a 16ª elevação consecutiva, e os investidores esperavam uma sinalização do fim do ciclo de altas, que não veio.
A autoridade monetária afirmou que seus próximos passos serão guiados pelos indicadores econômicos, mas os índices que saíram mais confundiram do que esclareceram. Da mesma forma, as declarações do presidente do Fed, Ben Bernanke, contribuíram para as turbulências. Amanhã, ele volta a falar em público, discursando no MIT (Massachusetts Institute of Technology).
Quando os juros nos EUA sobem, os grandes investidores internacionais abandonam suas aplicações em mercados como o brasileiro para buscar menores riscos –os treasuries (títulos do Tesouro norte-americano) estão entre os destinos preferenciais desses recursos.
Além disso, quando a economia está desaquecida, os ganhos das empresas também são menores, e essa perspectiva desanima os investidores nas Bolsas de Valores –é mais um motivo para eles buscarem os bônus dos EUA.
Os especialistas em mercado de câmbio estimam que a moeda norte-americana oscile entre R$ 2,25 e R$ 2,35 no curto prazo.
O dólar paralelo ficou estável a R$ 2,37 e o turismo subiu 0,85%, para R$ 2,35.