O dólar comercial é cotado a R$ 1,820 para venda, em declínio de 0,54%, nos primeiros negócios desta terça-feira. Ontem, a taxa de câmbio foi de R$ 1,830, com avanço de 2,52%.
O mercado passa por um teste importante hoje, quando as Bolsas americanas retomam suas operações, após o feriado nacional do “Martin Luther King Day”. Referência mundial dos mercados financeiros, Wall Street reabre sob impacto do declínio generalizado das Bolsas de Valores, da Ásia à Europa, ontem, sem esquecer dos pregões latino-americanos.
Hoje, as Bolsas asiáticas voltaram a fechar em queda com os investidores temerosos sobre o futuro da economia americana, o que pode afetar as exportações da Ásia para os EUA. A Bolsa de Hong Kong teve queda de 8,7%, Xangai de 7,22%, Shenzhen de 7,06% e Tóquio encerrou com o índice Nikkei 225 em baixa de 5,64%.
Entre investidores e analistas há um temor generalizado de que o país mais rico do planeta esteja à beira de uma recessão. Autoridades brasileiras, a exemplo do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, já admitiram que o país não deve passar incólume por uma recessão dos Estados Unidos. Ele ressaltou, no entanto, que o Brasil está mais preparado, hoje, para enfrentar um cenário adverso.
Esse nervosismo chegou a tal ponto que analistas não descartam que o Federal Reserve (banco central dos EUA) promova uma reunião extraordinária para executar uma redução “de emergência” na taxa básica de juros (de 4,25% ao ano), que baliza o custo dos empréstimos para consumidores e empresas.
No front doméstico, investidores devem operar sob expectativa da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que inicia hoje sua reunião de dois dias, quando deve decidir a nova taxa básica de juros do país. A maioria dos analistas do setor financeiro considera que o Comitê deve manter a chamada “Selic” em 11,25% ao ano.