O dólar encerrou estável nesta quarta-feira, a 2,138 reais, depois que a atuação mais firme do Banco Central em um leilão de compra enxugou a liquidez do mercado.
O BC aceitou 12 propostas no leilão realizado na segunda etapa de negócios, com taxa de corte a 2,135 reais. Nos últimos leilões, a autoridade monetária aceitou, em média, cinco propostas.
“O Banco Central fez um leilão em que comprou de mais gente do que estava acostumado nos últimos dias, e hoje em dia qualquer motivo traz volatilidade para a taxa de câmbio”, explicou Jorge Knauer, gerente de câmbio do banco Prosper.
O gerente acrescentou que a atuação do BC motivou algumas compras de dólares de tesourarias bancárias.
Pela manhã, a moeda norte-americana operou em baixa, acompanhando a reação dos outros mercados depois que a revisão do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no segundo trimestre ficou praticamente em linha com o esperado.
O PIB norte-americano subiu 2,9 por cento no segundo trimestre, ante previsão de avanço de 3,0 por cento.
“O dado joga por terra o que o mercado mais temia, que é um pouso forçado nos EUA. Os emergentes hoje vão comemorar o número que veio dentro das expectativas”, comentou o operador de câmbio de um banco de varejo.
O rendimento dos Treasuries de 10 anos, referência do mercado, recuava nesta tarde para 4,76 por cento. O risco-país cedia 6 pontos, para 223 pontos-básicos e as bolsas de valores norte-americanas exibiam alta.
Internamente, o mercado aguarda o fim da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que anuncia sua decisão sobre o juro ainda nesta quarta-feira. A expectativa é de um corte de 0,25 ponto percentual.