O leilão de compra de dólares do Banco Central não foi suficiente para impulsionar a moeda norte-americana nesta segunda-feira, que encerrou o dia no mesmo preço de fechamento anterior, a R$ 2,230.
Após mais de seis meses de ausência, o BC voltou a comprar dólares no mercado de câmbio nesta manhã, de acordo com política de recomposição das reservas internacionais. A autoridade monetária adquiriu a moeda norte-americana de três dealers, a R$ 2,231, de acordo com operadores.
A última compra efetiva de dólares aconteceu em 16 de março, a R$ 2,749. Desde então, o BC havia realizado um único leilão em agosto, mas não aceitou nenhuma proposta.
“Na quinta, ele (BC) já disse que podia entrar na próxima hora, no próximo mês, ele deu a dica”, disse o responsável pela mesa de câmbio do banco ING, Alexandre Vasarhelyi.
Ele se referia aos comentários do diretor de Política Econômica do BC, Afonso Bevilaqua, que afirmou na semana passada que o programa de recomposição de reservas do BC segue em vigor.
Depois da operação, o dólar chegou a avançar 0,67%, para R$ 2,245, mas ao longo do dia a moeda foi perdendo força. Segundo o relato do gerente de câmbio de um banco nacional, alguns clientes aproveitaram a subida do preço para vender dólares.
Para o operador de câmbio de uma corretora nacional, a taxa de corte próxima à cotação em vigor antes da operação contribuiu para que o dólar não avançasse tanto.
“O mercado achou que fosse puxar (para cima), mas como ele comprou a 2,231 (reais), o mercado foi voltando aos poucos… e ele comprou pouca coisa”, afirmou o operador.
“Para mim, foi por causa da fraca atuação dele que o mercado não conseguiu puxar muito (o dólar para cima).”
O operador disse ainda que a divulgação dos dados da balança comercial na parte da tarde ajudou a amenizar a pressão no câmbio.
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 4,329 bilhões em setembro, levando o saldo positivo acumulado no ano a US$ 32,671 bilhõe